Títulos do Tesouro americano: quais os principais e como investir?

Os títulos do Tesouro americano, conhecidos como ou bonds públicos, desempenham um papel crucial no mercado financeiro dos Estados Unidos. Afinal, eles são um dos principais mecanismos que o Governo dos EUA tem para levantar recursos.

Além disso, como investimentos de renda fixa, eles são frequentemente procurados por aqueles investidores que buscam lidar com menos riscos em sua carteira. Para os brasileiros, os títulos do Tesouro americano também oportunizam a dolarização do portfólio.

Quer saber mais sobre o assunto? Continue a leitura deste artigo para entender o que são títulos do Tesouro americano, quais são os tipos e como investir neles!

O que são os títulos do Tesouro americano?

Para entender o que são os títulos do Tesouro americano, é interessante traçar um paralelo com o mercado brasileiro. No Brasil, os investidores têm a oportunidade de aplicar nos títulos públicos do Tesouro Direto, que são ligados ao Governo Federal.

O poder público faz a emissão desses títulos com objetivo de levantar capital para financiar suas atividades. Em troca, os investidores receberão de volta o dinheiro que emprestaram com o acréscimo de juros no vencimento da aplicação.

Essa lógica é similar nos Estados Unidos. Assim, os títulos do Tesouro americano são aplicações de renda fixa emitidas pelo Tesouro dos EUA para financiar as atividades do Governo — desde novos investimentos públicos até o pagamento de dívidas.

Eles também são chamados de Treasuries e, por serem de renda fixa, destacam-se pelo baixo risco. Afinal, eles são ligados ao Governo dos EUA — país que tem a economia considerada mais forte no mundo —, então as chances de um eventual calote são mínimas.

Quais são os principais títulos do Tesouro americano?

Agora que você entendeu o que são os títulos do Tesouro americano, é hora de saber quais são as principais alternativas disponíveis para os investidores. Elas geralmente se dividem de acordo com o seu prazo de vencimento.

Veja quais são as categorias:

  • Treasury Bills (T-Bills): esses são os títulos que possuem os menores prazos de vencimento, variando entre 4 semanas até 1 ano. Os rendimentos são entregues no encerramento do período;
  • Treasury Notes (T-Notes): os vencimentos variam entre 2 e 10 anos e possuem juros semestrais. Ou seja, o investidor pode receber os rendimentos a cada 6 meses;
  • Treasury Bonds (T-Bonds): possuem os maiores períodos de vencimento, entre 20 e 30 anos. Entretanto, a partir de 10 anos, os recursos aplicados já podem ser resgatados. Trata-se de outro investimento com juros semestrais;
  • Treasury Inflation Protection (TIPs): têm vencimento entre 5 e 30 anos e estão indexados à inflação da economia americana. O objetivo é proteger o poder de compra dos investidores e oferecer rentabilidade real positiva;
  • Floating Rated Notes (FRN): são títulos pós-fixados com pagamento trimestral de juros que duram até 2 anos.

Qual a rentabilidade dos títulos do Tesouro americano?

Como você viu, os títulos do Tesouro americano são investimentos de renda fixa. Portanto, eles possuem regras predeterminadas de retorno. Geralmente, a rentabilidade acompanha os juros do país.

Para entender melhor, é possível comparar com a renda fixa brasileira. Dentre os títulos do Tesouro Direto, há o Tesouro Selic, em que a rentabilidade é indexada pela taxa básica de juros da economia brasileira.

Logo, se a Selic sobe, a remuneração aumenta. Se ela cai, o potencial de retorno diminui. Desse modo, diversos títulos do Tesouro americano seguem a lógica pós-fixada e têm rentabilidade mais alta em períodos de juros elevados.

Mas também há títulos com juros prefixados. Nesse caso, a taxa de retorno é definida antecipadamente e não sofrerá alterações, independentemente do cenário dos juros ou da inflação no país. Por fim, ainda há os TIPs, que são indexados pela inflação.

Ademais, os Treasuries de longo prazo normalmente possuem um rendimento maior do que os de curto prazo. Isso acontece porque eles envolvem mais incertezas, visto que não é possível prever os rumos da economia e dos juros no futuro. Então o potencial de retornos mais altos se torna um atrativo.

Quais as vantagens dos títulos do Tesouro americano?

Investir nos títulos do Tesouro americano pode trazer diversas vantagens para o planejamento de investidores brasileiros.

Confira os principais pontos positivos de incluir essas aplicações na carteira!

Baixo risco

Além de serem de renda fixa, os títulos do Tesouro são considerados investimentos de baixo risco devido ao respaldo do Governo dos EUA, que precisa manter essa confiança dos investidores para garantir prospecção duradoura. É comum considerá-los com o investimento mais seguro do mundo.

Previsibilidade

Os investidores podem contar com um fluxo de renda previsível, cujas regras de rentabilidade já são conhecidas de antemão. Isso ocorre especialmente com T-Notes e T-Bonds, que pagam juros semestrais.

Dolarização da carteira

Tanto o investimento quanto o retorno para investidores são pagos em dólar, principal capital da economia mundial. Assim, os investidores brasileiros conseguem dolarizar a sua carteira e reduzir os riscos de ficar expostos somente à economia brasileira.

Diversificação

Os títulos do Tesouro americano oferecem uma forma de diversificação em uma carteira de investimentos. Com eles, é possível alocar recursos em categorias de maior ou menor risco, ajudando a manter um equilíbrio.

Como investir em títulos do Tesouro americano?

Após saber mais sobre os títulos do Tesouro americano e as vantagens deles, vale a pena entender como ter essas aplicações na sua carteira. Para tanto, existem dois principais caminhos.

Primeiramente, você pode optar pelo investimento indireto — via mercado brasileiro. Na bolsa de valores do Brasil, a B3, por exemplo, os investidores nacionais encontram os exchange traded funds (ETFs) e brazilian depositary receipts (BDRs).

Os ETFs também são chamados de fundos de índices. Eles replicam a performance de um benchmark, que pode estar ligado à renda fixa dos Estados Unidos. Já os BDRs são certificados lastreados em um investimento internacional, como os Bonds.

Além disso, os investidores podem seguir pelo caminho do investimento direto — ou seja, no próprio mercado americano. Dessa forma, eles têm mais alternativas de títulos para escolher e podem fazer a dolarização direta daqueles recursos — porém, a operação pode ser um pouco mais complexa.

Para conseguir tomar boas decisões, uma alternativa é contar com o suporte de uma assessoria de investimentos. Com o apoio profissional, você entenderá mais sobre as oportunidades disponíveis para sua carteira e como fazer investimentos internacionais.

Investir nos títulos do Tesouro americano costuma ser uma boa alternativa para investidores que querem dolarizar a sua carteira e ter mais segurança. Por isso, agora que você sabe como é possível tê-los no portfólio, é hora de definir como você poderá fazer esse investimento, se ele for adequado à sua estratégia!

Quer saber mais sobre os investimentos no Tesouro americano? Entre em contato com nossa assessoria!

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