Como investir em imóveis: conheça as 6 principais formas!

Investir em imóveis é uma das formas mais tradicionais que os brasileiros utilizam para construir o patrimônio. Entretanto, ao contrário do que se pode pensar, não é somente adquirindo propriedades que é possível participar do mercado imobiliário.  

Existe a possibilidade de acessar esse setor pelo mercado financeiro, tanto na renda fixa quanto na renda variável. Assim, você acompanha o crescimento do segmento, diversifica os investimentos e potencializa os resultados. 

Quer saber como? Continue a leitura e confira as 6 principais formas de investir no setor imobiliário! 

1. Investimento direto 

Para começar, é interessante conhecer as possibilidades de investimento direto no mercado imobiliário. Essa estratégia pode ser colocada em prática de diferentes formas, como a compra de imóveis prontos — novos ou usados. 

Ainda, você pode adquirir unidades na planta ou comprar terrenos para construir por conta própria. Dessa maneira, os ganhos podem ocorrer por meio da valorização e venda do imóvel ou pela geração de renda com aluguéis. 

Como o imóvel é um bem tangível, ele transmite uma maior sensação de segurança para muitos investidores. Mais um ponto é que a propriedade tem o potencial de funcionar como uma reserva de valor, protegendo o patrimônio contra a inflação e oscilações do mercado financeiro. 

Contudo, é necessário estar atento a alguns riscos. A liquidez costuma ser baixa, já que vender um imóvel costuma levar tempo. Nesse caso, há possibilidade de não encontrar compradores dispostos a pagar o montante desejado, o que muitas vezes exige uma redução no preço para viabilizar a venda. 

Também existe o risco de vacância — períodos em que o imóvel para locação fica sem inquilinos. Esse cenário pode gerar a perda de renda durante aquele tempo, enquanto os gastos são mantidos — como taxa de condomínio e impostos. 

2. Fundo de investimento imobiliário 

Os fundos de investimento imobiliários (FIIs) permitem que investidores tenham acesso a diferentes tipos de ativos sem a necessidade de adquirir os imóveis. Ele funciona a partir do capital investido pelos cotistas.  

Cada fundo conta com um gestor profissional responsável por selecionar os ativos que comporão a carteira, sempre de acordo com a estratégia estabelecida. Os FIIs podem ser classificados conforme o seu foco de investimento. 

Conheça os principais: 

  • fundos de tijolos: investem em imóveis físicos; 
  • fundos de papel: alocam em títulos ligados ao mercado imobiliário; 
  • fundos de fundos (FOFs): compram cotas de outros FIIs. 

Vale destacar que, além dos eventuais ganhos a partir da valorização das cotas, o investidor pode lucrar com a distribuição de lucros na forma de dividendos. Isso porque os FIIs são obrigados a distribuir, pelo menos, 95% de seus rendimentos semestralmente aos cotistas. 

Essa característica pode proporcionar ao investidor uma fonte de renda passiva recorrente. Entretanto, é preciso ter em mente que, por se tratar de um investimento em renda variável, ele fica sujeito à oscilação no preço das cotas. 

Além disso, existe o risco de vacância e de inadimplência dos locatários, que pode impactar a distribuição dos dividendos. Considere, ainda, o risco de concentração.  

Afinal, há fundos com poucos imóveis ou expostos a um único setor, por exemplo, o que pode aumentar a sensibilidade a eventos específicos, como crises em determinados segmentos. 

3. Letra de crédito imobiliário 

A letra de crédito imobiliário (LCI) é um título de renda fixa emitido por bancos, que utilizam os recursos captados para financiar operações relacionadas ao mercado imobiliário. Em troca, o investidor recebe o montante investido acrescido de juros.  

Na modalidade prefixada, há uma taxa que se mantém invariável até o resgate no vencimento. Na pós-fixada, a rentabilidade costuma acompanhar as variações do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).  

Enquanto isso, as LCIs híbridas oferecem uma taxa fixa somada à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), protegendo o poder de compra frente à inflação se respeitado o prazo. 

Entre os principais atrativos desse investimento está a previsibilidade de ganhos. Outro benefício é a isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas, podendo aumentar a rentabilidade líquida.  

Há também a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição. A cobertura tem um limite global de R$ 1 milhão, renovável a cada quatro anos. 

No entanto, fique atento à liquidez da aplicação. A razão é que existe um prazo mínimo de vencimento, comprometendo a possibilidade de resgate antecipado. 

4. Certificado de recebíveis imobiliários 

Mais uma alternativa na renda fixa para quem deseja se expor ao setor imobiliário é o certificado de recebíveis imobiliários (CRI). Esse é um título de crédito privado emitido por securitizadoras, que são empresas responsáveis por transformar direitos creditórios em investimentos. 

Ele tem funcionamento semelhante ao das LCIs, com lógica de rentabilidade previsível — podendo ser prefixada, pós-fixada ou híbrida — e costumam apresentar prazo de carência para resgates. Contudo, esses títulos não contam com a proteção do FGC, tendo um risco de crédito mais elevado. 

Por essa razão, para atrair mais investidores, é comum que os CRIs ofereçam rendimentos mais elevados em comparação a outras aplicações relacionadas ao setor imobiliário. Eles são isentos de IR para pessoas físicas.

5. Ações 

Ao comprar ações, o investidor se torna sócio da empresa, participando dos seus resultados. Nesse investimento, o acionista tem a possibilidade de ganhar com a eventual valorização dos papéis na venda ou com o recebimento de proventos, como os dividendos. 

Porém, como todo ativo de renda variável, as ações estão sujeitas às oscilações do mercado. Então não há garantias de retorno, com a chance até mesmo de gerar prejuízos. Saiba que os preços podem variar de acordo com fatores econômicos, setoriais, resultados da própria empresa e a lei de oferta e demanda. 

Para participar do mercado imobiliário por meio de ações, você pode procurar companhias listadas na bolsa de valores brasileira, a B3, como construtoras e incorporadoras com bons fundamentos econômicos e de governança.

6. Real estate investment trust 

Você tem a opção de investir no mercado imobiliário fora do Brasil e uma das principais formas é por meio dos REITs — que é a sigla para real estate investment trust. Eles são empresas dos Estados Unidos (EUA) que atuam na gestão, compra, venda e financiamento de imóveis. 

Essas companhias negociam suas ações nas bolsas americanas, o que permite aos investidores de qualquer lugar se tornarem sócios do negócio. Os retornos podem surgir tanto da valorização dos papéis quanto da distribuição periódica de dividendos. 

Em relação aos riscos, há oscilações no preço dos REITs, que podem ser impactados por fatores econômicos, variações nas taxas de juros e mudanças no mercado imobiliário dos EUA. Ademais, há o risco de vacância dos imóveis e inadimplência dos locatários. 

Também é importante considerar o risco cambial, pois o investimento é feito em dólar. Logo, as variações na moeda podem influenciar os resultados para investidores brasileiros. 

Por fim, vale destacar que, se você deseja se expor ao mercado imobiliário por meio do mercado financeiro, a Conexão BR oferece assessoria de investimentos especializada. Com orientação adequada, você tem condições de escolher as alternativas adequadas ao seu perfil e objetivos. 

Você conheceu as 6 principais formas de investir em imóveis, considerando alternativas que não envolvem a compra direta de propriedades. Com essas informações, é possível observar aquelas que mais se alinham à sua estratégia. 

Quer contar conosco na sua jornada de investimentos? Entre em contato e saiba como podemos ajudar

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