Gestão ativa ou passiva nos fundos de investimento: quais as diferenças?
Na hora de escolher um fundo de investimento, não basta se atentar apenas quanto ao ativo principal da carteira. Também é necessário entender como a estratégia será colocada em prática, o que conduz à necessidade de conhecer a gestão ativa e a gestão passiva.
Cada uma prevê um papel e uma atuação diferentes para o gestor responsável. Como consequência, os resultados e os riscos são distintos e devem ser considerados por quem pretende investir.
Quer saber mais? Então entenda neste artigo o que diferencia gestão ativa e passiva e descubra como cada uma delas impacta o desempenho da modalidade!
O que é um fundo de gestão passiva?
Em um fundo de investimento com gestão passiva, o principal objetivo é replicar o desempenho de um índice de referência. Ele é conhecido como benchmark e o papel do gestor é passivo, não exercendo ou exercendo poucas decisões ativas, como a compra e venda frequente de ativos.
A gestão visa apenas acompanhar a oscilação de um índice de referência, por exemplo, investindo em títulos ou ativos relacionados a ele. Assim, o profissional não carece tanto da capacidade analítica individual de ativos. Os resultados são relativamente equivalentes ao índice utilizado.
O que é um fundo de gestão ativa?
A gestão ativa tem como ponto principal o interesse em superar o benchmark do fundo de investimento. Ou seja, a intenção é adotar uma alocação de ativos que favoreça a conquista de performance acima desse índice de referência.
Para que isso aconteça, o gestor tem um papel fundamental e deve usar seus conhecimentos de forma ativa sobre o mercado e sua experiência. É ele quem toma as decisões, logo, a qualidade do seu trabalho está diretamente ligada à capacidade de obtenção de resultados.
Quais as principais diferenças entre elas?
Como visto, uma das principais diferenças entre gestão ativa e gestão passiva é o papel do gestor. Ao investir em um fundo com gestão ativa, a tomada de decisão do responsável tem muito mais influência no retorno.
A partir desse ponto, há outras diferenças entre eles, como a variação nas taxas. Os fundos podem cobrar taxa de administração e de performance. Na gestão passiva, a taxa de administração tende a ser menor e não há taxa de performance.
Isso porque essa taxa é cobrada apenas quando o resultado de um fundo supera o benchmark. Assim, ela está relacionada aos fundos de gestão ativa. Funciona como uma remuneração adicional paga ao gestor por um bom resultado, que refletirá positivamente nas cotas desse fundo.
Outra diferença entre as estratégias de gestão é a rentabilidade. Quando a alocação de ativos ocorre de maneira passiva, o retorno pode ser mais previsível, pois é semelhante ao benchmark. Na gestão ativa, podem ocorrer oscilações atípicas — os ganhos também podem ser maiores.
Contudo, ambos apresentam riscos — especialmente se forem de renda variável.
Quais são exemplos dessas alternativas?
Para entender ainda melhor a diferença entre as formas de gestão, vamos exemplificar:
Um fundo de renda fixa, por exemplo, pode ter gestão ativa e ter como benchmark o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Com isso, o gestor deve fazer investimentos, majoritariamente, em títulos que rendam acima do CDI, buscando alcançar resultados maiores. Por outro lado, um fundo passivo pode ter objetivo de acompanhar o índice, investindo em títulos públicos ou privados de rentabilidade próxima a ele.
Outro exemplo de gestão passiva acontece nos fundos de índice ou Exchange Traded Funds (ETFs). O objetivo deles é exatamente espelhar um índice de referência, tendo retorno próximo ao da carteira teórica de um indicador. É o caso do BOVA11, por exemplo, que tem o Ibovespa como benchmark.
Já outros fundos de renda variável podem também focar na gestão ativa. Fundos de ações, imobiliários ou mesmo os multimercados podem adotar uma estratégia que visa vencer algum indicador de referência, como o Ibovespa ou o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX).
Como escolher entre gestão ativa ou passiva?
Conhecendo as diferenças entre gestão ativa e passiva é possível notar que elas têm impactos diferentes na carteira de investimentos.
A seguir, descubra como selecionar o tipo de gestão do fundo de investimento para compor seu portfólio. Acompanhe!
Conheça seu perfil de investidor
O perfil de investidor é uma classificação importante, que considera o seu nível de apetite ao risco. De acordo com as características principais, há três perfis de destaque:
- conservador: é o investidor com menor tolerância ao risco, prezando pela segurança;
- moderado: representa o investidor com um pouco de apetite ao risco, buscando maior rentabilidade e assumindo alguns riscos, porém não para toda a carteira;
- arrojado: investidor com maior tolerância a riscos, com o objetivo de rentabilizar o portfólio de investimentos e assumindo uma volatilidade maior para sua carteira.
O tipo de gestão pode ter influência no perfil de risco do fundo. Contudo, é preciso, além da forma de gestão, avaliar a estratégia do fundo.
Um fundo de gestão ativa em renda fixa pode se expor a menos riscos e volatilidade do que um fundo de gestão passiva da renda variável, por exemplo. Assim, você deve ficar atento a diversos fatores.
Avalie seus objetivos financeiros
Depois de conhecer seu perfil de investidor e as estratégias do fundo, vale a pena explorar quais são seus objetivos financeiros, que podem ser de curto, médio ou longo prazo. Isso é necessário porque a gestão ativa e a gestão passiva também podem ser afetadas pelo tempo, ou seja, um produto com gestão ativa e alta volatilidade pode não ser adequado para um perfil de curto prazo, por exemplo.
Para um investimento no curto prazo, a gestão passiva pode ser mais adequada para evitar riscos muito elevados e um retorno negativo. Mais uma vez, é preciso considerar também outros detalhes — como perfil e produtos (renda fixa ou renda variável).
Considere unir os dois tipos de gestão
Embora a gestão ativa e a gestão passiva sejam diferentes, elas não são necessariamente concorrentes, e sim complementares. Ou seja, é possível integrar ambas na mesma carteira de investimentos.
De acordo com seu perfil e seus objetivos, há como alocar seus recursos com a proporção desejada em cada tipo de fundo. Esse é um caminho para diversificar a carteira de investimentos, diminuir os riscos e aumentar o potencial de ganhos.
Para um fundo de investimento, a gestão ativa busca superar resultados de um índice de mercado, enquanto a gestão passiva procura acompanhá-lo. Agora que você conhece essa e outras diferenças, avalie o que faz sentido para a sua carteira e escolha de modo consciente!
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