Como aproveitar o destaque de frigoríficos e setores do agronegócio no cenário internacional? 

Os setores do agronegócio brasileiro têm destaque mundial, especialmente o de frigoríficos. A ampla capacidade produtiva faz com que o país seja um forte exportador global — e mudanças no cenário político geram novas oportunidades para o segmento. 

Portanto, se você pretende se expor a esses resultados, precisa entender o panorama do cenário e as perspectivas. Dessa forma, você terá condições de avaliar o potencial de desempenho e as formas de investir no segmento para decidir se ele vale a pena para o seu planejamento. 

Quer saber mais sobre o setor de frigorífico e compreender como ele se destaca no agronegócio internacional? Continue a leitura para conferir! 

Qual é o panorama dos frigoríficos no agronegócio? 

Para entender melhor as alternativas ligadas aos setores do agronegócio, vale conhecer os principais movimentos dos frigoríficos brasileiros no mercado. 

Observe qual é o cenário! 

Investimentos impulsionam a competitividade 

O Brasil é reconhecido como um dos principais exportadores mundiais de carne bovina, suína e de frango. Contudo, a manutenção dessa liderança depende da capacidade do país de se adaptar às demandas globais — especialmente nos quesitos de qualidade, sustentabilidade e inovação. 

Nesse contexto, havia uma perspectiva de os frigoríficos brasileiros investirem cerca de R$ 20 bilhões até 2025. Os recursos seriam destinados principalmente a inovação tecnológica, expansão da capacidade produtiva e práticas sustentáveis. 

Entre elas, estão controle de emissões de poluentes e rastreabilidade da produção. Vale destacar que o compromisso com a sustentabilidade deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência para acesso a mercados exigentes, como Europa, Ásia e Oriente Médio.  

Por esse motivo, os investimentos são considerados fundamentais para a expansão do setor no Brasil. Logo, eles têm um papel essencial para o fortalecimento da imagem do país como fornecedor confiável e responsável no mercado internacional, mantendo a sua relevância. 

Exportações de carne costumam ser resilientes mesmo diante de desafios 

A economia mundial ficou em alerta no início de 2025, com o chamado “tarifaço”, que abrange as taxas impostas principalmente pelo Governo dos Estados Unidos em suas relações comerciais. Apesar disso, o setor de frigoríficos brasileiro conseguiu manter boas margens

A perspectiva era de que o Brasil pudesse assumir as lacunas geradas pelas sanções, beneficiando os setores do agronegócio nacional — não apenas o de frigoríficos. Além disso, o Ministério da Agricultura (MAPA) destacou que a nação intensificaria ações para ampliar o acesso a novos mercados. 

O objetivo era fortalecer relações comerciais, especialmente com países da Ásia, Europa e Oriente Médio. Essas estratégias se mostram fundamentais para que o setor mantenha o ritmo de crescimento, mesmo em contextos de maior protecionismo internacional. 

Quais são as perspectivas do setor frigorífico? 

De maneira geral, o agronegócio brasileiro demonstra resiliência e boas perspectivas. Como visto, o Brasil é destaque na exportação mundial em frigoríficos e existem oportunidades para que a liderança se mantenha. 

Dados de novembro de 2024, por exemplo, revelavam que o país tinha um dos maiores rebanhos bovinos do mundo, com aproximadamente 228 milhões de cabeças. Ainda, os frigoríficos contavam com a capacidade de processar até 35 milhões de toneladas de carne bovina ao ano, equivalente a 25% do mercado global. 

O Brasil se sobressaía também em carne suína, com uma produção anual de cerca de 4 milhões de toneladas. Além disso, ele era o maior exportador de frango, com uma produção anual de mais de 13 milhões de toneladas. 

Nesse contexto, existem boas chances de que o setor continue crescendo. Contudo, para tanto, é fundamental que o desenvolvimento seja alinhado com as boas práticas em termos de modernização e sustentabilidade, que você acompanhou. 

Como investir nos setores do agronegócio? 

Agora que você sabe mais sobre o cenário dos setores do agronegócio, é o momento de descobrir como se expor aos seus resultados pelo mercado financeiro. 

Conheça alternativas! 

LCAs 

A letra de crédito do agronegócio (LCA) é um título de renda fixa vinculado a esse setor, com rendimento variando conforme a modalidade escolhida. 

Ela pode ocorrer de três formas: 

  • prefixada: com uma taxa de rendimento fixa durante toda a aplicação, se levada ao vencimento; 
  • pós-fixada: com o rendimento atrelado a um índice de mercado, como o Certificado de Depósito Interbancário (CDI); 
  • híbrida: tem uma taxa de juros fixa mais a variação de um índice de mercado, por exemplo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) — que mede a inflação brasileira. 

A LCA é um investimento que tende a oferecer mais segurança, pois o desempenho é previsível e o investidor conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A entidade assegura o pagamento em caso de inadimplência do emissor do título. 

Vale saber que a cobertura do FGC é de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e instituição, com teto global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos. Ainda, as pessoas físicas são isentas de Imposto de Renda (IR). No entanto, a LCA tem carência mínima de 9 meses para ter acesso à liquidez das aplicações.  

CRAs 

O certificado de recebíveis do agronegócio (CRA) também faz parte da renda fixa, portanto, conta com regras de rentabilidade similares às LCAs, além de ter isenção de IR para pessoas físicas. Porém, ele não tem a cobertura do FGC e costuma apresentar menor liquidez e mais riscos. 

Ações 

Na classe da renda variável, você tem a opção de se expor a ações de empreendimentos do agronegócio. Elas consistem na menor parte do capital social das companhias listadas na bolsa de valores, que no Brasil é a B3. 

Assim, você compartilha os seus resultados, que podem ser de lucros ou prejuízos. Ainda, é possível obter ganhos pela distribuição de proventos — como os dividendos —, realizada por algumas companhias. 

A B3 conta com diversas empresas do agronegócio disponíveis, podendo atender a diferentes estratégias de alocação. Vale destacar que os papéis do setor costumam ter alta demanda, o que tende a elevar a sua liquidez

ETFs ligados ao agronegócio 

Por fim, na renda variável, você também encontra exchange traded funds (ETFs) — fundos de investimentos que acompanham um índice de mercado. A B3 disponibiliza ETFs ligados a índices do agronegócio nacional e global. A participação acontece por meio da aquisição das cotas do fundo. 

Neste artigo, você conferiu o panorama dos setores do agronegócio, com destaque para os frigoríficos, além de investimentos ligados ao ramo. Verifique se as alternativas se enquadram em seu planejamento no mercado financeiro. 

Precisa de ajuda para uma alocação mais estratégica e eficiente? Entre em contato com a Conexão BR Investimentos e conheça mais sobre a assessoria! 

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