Taxa mínima de atratividade: saiba como calcular!

No mercado financeiro, existem diversos indicadores que ajudam investidores a fazer análises e a tomar decisões sobre quais aplicações fazer ou quais ativos comprar. Nesse contexto, está a taxa mínima de atratividade — você já ouviu falar sobre ela?

A métrica, embora não seja tão conhecida como outras, é de grande utilidade para investidores. A razão é que ela ajuda a entender o risco relacionado ao dinheiro alocado em determinada alternativa.

Se você tem interesse em saber mais sobre a taxa mínima de atratividade, incluindo como calcular e utilizar o indicador, continue acompanhando o artigo!

O que é a taxa mínima de atratividade e como ela funciona?

A taxa mínima de atratividade — ou apenas TMA — é uma métrica que diz respeito ao percentual mínimo de retorno que uma pessoa aceita receber quando investe. Assim, é possível analisar a viabilidade de um investimento.

Na prática, o indicador se baseia no perfil de investidor de uma pessoa e no custo de oportunidade do capital alocado. Desse modo, é possível verificar se o risco a ser assumido se justifica.

Se um investimento possui uma taxa de juros ou um retorno esperado de 12% ao ano, por exemplo, e a TMA é de 10%, ele pode ser considerado interessante. Isso porque o ganho oferecido ou projetado é maior do que a taxa mínima de atratividade.

Nesse caso, a rentabilidade de 12% a.a. compensa o risco associado e ainda supera a oportunidade de fazer aportes em outros investimentos disponíveis.

Por outro lado, se uma aplicação tem uma taxa de juros de 8% a.a., ou um ativo possui um retorno esperado próximo a esse percentual, o investimento tende a não ser atrativo. Afinal, a rentabilidade em questão está abaixo do mínimo aceitável citado no exemplo — 10%.

A ideia da TMA é ajudar pessoas a encontrar investimentos que a superem ou que, pelo menos, estejam alinhados com o indicador.

Em investimentos de renda fixa, por exemplo, é interessante que a TMA seja igual ou superior à Selic, que é considerada a taxa básica de juros e é a rentabilidade obtida pelo Tesouro Selic — conhecido por sua alta segurança. Já ativos de renda variável devem ter uma taxa mínima de atratividade maior devido ao nível de risco mais elevado.

Como calcular a TMA, na prática?

Sabendo o que é, como funciona e para que serve a TMA, é útil entender como calcular a métrica, na prática. Dessa forma, você poderá utilizá-la para tomar melhores decisões na hora de escolher investimentos para o seu portfólio.

Diferentemente de outros indicadores, é válido destacar que não há uma fórmula específica para encontrar a taxa mínima de atratividade. O seu cálculo, na verdade, é individual, pois cada pessoa está disposta a aceitar um percentual mínimo de retorno para investir em determinada alternativa.

Inclusive, vale ressaltar que a TMA tende a mudar com o passar do tempo. Hoje, com seus conhecimentos e experiências no mercado financeiro, a taxa mínima para você pode ser de 10% a.a., por exemplo. Já daqui a 5 anos, é possível que o número aumente para 12%, 15% ou mais.

Agora, independentemente de a TMA ser uma métrica pessoal, é válido mencionar que existem alguns fatores que devem ser considerados pelos investidores para projetá-la com eficiência.

Confira!

Custo de oportunidade

Como ponto de partida, é preciso ter em mente o custo de oportunidade do investimento. Esse primeiro fator se refere ao retorno que você pode obter ao alocar recursos em uma alternativa com risco similar ou menor. Aqui, deve-se analisar quanto custa renunciar uma alternativa em detrimento de outra.

Risco do investimento

Além dos dois pontos anteriores, é essencial considerar o nível de risco do investimento para estabelecer a sua taxa mínima de atratividade. O motivo é que quanto maior ele é, mais elevada deve ser a TMA.

Se para você um CDB (certificado de depósito bancário) tem uma taxa mínima de atratividade de 8% a.a., uma ação na bolsa de valores deve ter uma TMA consideravelmente superior a isso. Afinal, o risco é mais elevado devido à volatilidade do ativo. Logo, a expectativa quanto ao retorno mínimo do investimento deve ser maior.

Taxa de inflação

Também é importante levar em conta a inflação para definir a sua taxa mínima de atratividade. Isso porque ela impacta diretamente o seu poder de compra com o passar do tempo e a rentabilidade real dos seus investimentos. Portanto, vale a pena incluí-la no cálculo.

Imagine que a inflação tem ficado, por exemplo, por volta de 4,5% ao ano. Então o retorno dos seus investimentos no período deve ficar acima desse percentual para você obter um ganho acima da perda do seu poder de compra.

Objetivos financeiros

Por último, outro fator que deve ser considerado para projetar a sua taxa mínima de atratividade são os seus objetivos financeiros — e, consequentemente, o seu horizonte de tempo. Metas de curto prazo podem aceitar TMAs diferentes daquelas de planos de médio ou longo prazo.

Com o passar dos meses e, principalmente, anos, há mudanças na economia e na taxa de juros, entre outras alterações que impactam o mercado financeiro. Portanto, é preciso considerar essas questões para estabelecer TMAs adequadas.

Hoje, uma taxa mínima de atratividade de 11% para títulos de renda fixa pode fazer bastante sentido. Já daqui a 5 anos, é possível que não. Portanto, é necessário defini-la conforme cada objetivo e horizonte de tempo.

Na prática, ao avaliar esses cinco fatores, você poderá projetar a TMA de forma eficiente e de acordo com o que considera aceitável em termos de rentabilidade para um investimento.

Lembrando que é útil reavaliar periodicamente as TMAs estabelecidas para cada situação. Afinal, o mercado é dinâmico, e a tendência é que você precise fazer ajustes pontuais no percentual da taxa com o passar do tempo.

Como visto, a taxa mínima de atratividade é um indicador de grande utilidade para investidores. Com ela, você pode fazer análises e comparações de modo a escolher as alternativas que mais condizem com o seu perfil, objetivos e expectativas em termos de retorno.

Para finalizar, confira nosso conteúdo sobre como tomar as melhores decisões no mercado de investimentos e amplie ainda mais os seus conhecimentos do assunto!

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