Investimentos para aposentadoria: quais as possibilidades?
Se você está realizando o seu planejamento de aposentadoria, deve conhecer os investimentos mais adequados para o objetivo. Trata-se de uma oportunidade de ter mais tranquilidade na maturidade, assegurando o padrão de vida desejado.
Para tanto, você deve entender o funcionamento das alternativas de investimento, selecionando as mais aderentes às suas necessidades e perfil. Assim, a sua alocação fica mais eficiente e alinhada com a sua estratégia individual.
Neste artigo, você conhecerá investimentos que podem compor uma carteira focada na aposentadoria. Boa leitura!
Previdência Privada
A Previdência Privada é um investimento frequentemente buscado por quem deseja planejar a aposentadoria. A alternativa tende a se adequar aos objetivos de longo prazo.
Nesse contexto, os planos de Previdência contam com duas etapas básicas. A primeira delas é a acumulação, em que o investidor realiza os aportes. Eles costumam ser feitos regularmente, construindo um patrimônio gradualmente.
A segunda etapa da Previdência Privada é a de usufruto, em que ocorre o recebimento da quantia. Há como fazer o resgate de diferentes formas, conforme a escolha do investidor. Ele pode se dar de uma vez, em parcelas por período determinado ou em parcelas vitalícias.
Ademais, existe a possibilidade de escolher entre dois planos: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Eles se diferenciam pela maneira como o Imposto de Renda (IR) é cobrado.
Entre as vantagens da alternativa, está a possibilidade de ter um benefício fiscal ao selecionar o PGBL. Seguindo determinadas regras, o investidor tem a oportunidade de obter uma dedução das contribuições, reduzindo a base tributável.
Também vale destacar que a alternativa pode ter características distintas nas condições do investimento. Logo, ela é capaz de se ajustar a diferentes objetivos e perfis de investidor.
Por outro lado, a Previdência tem custos, como taxa de administração e, eventualmente, de carregamento. Vale atenção, já que elas tendem a impactar a rentabilidade da alternativa.
Ações
Entre os investimentos que podem compor um portfólio focado no planejamento da aposentadoria estão as ações. Elas são a menor parte do capital social das empresas — então, ao adquiri-las, o investidor se torna sócio minoritário.
Essa pode ser uma alternativa para o longo prazo, com potencial de oferecer resultados pela valorização dos papéis. Isso significa que o investidor adquire as ações por determinado preço e, se sua cotação subir, ele obtém lucro ao vendê-las.
Além disso, alguns papéis geram proventos — benefícios pagos pelas empresas aos investidores. Os mais comuns são os dividendos, uma distribuição do lucro líquido apurado das companhias.
A estratégia focada em dividendos apresenta mais uma possibilidade de gerar renda passiva regular. Por esse motivo, as ações são frequentemente buscadas com objetivo de planejar a aposentadoria. Em relação às vantagens da alternativa, é pertinente destacar o seu potencial de lucros.
Porém, é preciso ter atenção para as desvantagens da alternativa. Uma delas é que na renda variável não há garantia de ganhos devido à exposição à volatilidade do mercado.
Logo, existe o risco de o investidor ter prejuízos nas operações. Diante disso, antes de realizar o investimento, estude os fundamentos das empresas para conhecer a sua solidez e o seu potencial de retorno.
Fundos imobiliários
Para compor a sua estratégia para a aposentadoria, você tem a possibilidade de considerar os fundos de investimentos. Nesse contexto, uma das alternativas buscadas para esse objetivo são os FIIs (fundos de investimento imobiliário). Eles são compostos por uma carteira de ativos atrelados ao setor imobiliário.
Assim, os FIIs podem ser dos seguintes tipos:
- FIIs de tijolo: alocam principalmente em imóveis físicos;
- FIIs de papel: focam em títulos de renda fixa do segmento;
- FoFs (fundos de fundos): compostos por cotas de outros FIIs.
A modalidade permite ter retorno por meio da valorização das cotas ou da distribuição de dividendos aos cotistas — o que atrai pessoas interessadas em ter uma renda passiva regular. Contudo, é necessário ter atenção para a possibilidade de perdas nesse investimento, que pertence à renda variável.
Ele também pode ser menos versátil em comparação com as demais alternativas que você conheceu até aqui. O motivo é que o portfólio de um FII pode ter um nível de diversificação de riscos e de fontes de renda interna, mas ele se concentra em apenas um setor da economia.
Títulos públicos de renda fixa
Os títulos públicos de renda fixa são mais uma opção que pode contribuir para o seu planejamento de aposentadoria. As alternativas são emitidas pelo Governo Federal e negociadas na plataforma Tesouro Direto.
Você encontra aplicações com diferentes características em termos de prazo e de tipos de rentabilidade. Ela pode ser uma taxa fixa ou estar atrelada a indicadores do mercado, como a Selic — taxa básica de juros da economia brasileira — e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
São exemplos de títulos públicos:
- Tesouro Selic;
- Tesouro Prefixado;
- Tesouro IPCA+;
- Tesouro RendA+;
- Tesouro Educa+.
Cabe destacar que o Tesouro RendA+ é uma alternativa criada com foco em investimentos de longo prazo, com características semelhantes às da Previdência Privada. Ele também tem as fases de acumulação e usufruto.
Os títulos do Tesouro Direto se destacam por serem alternativas seguras, contando com a garantia do Tesouro Nacional. Eles ainda apresentam liquidez diária. Contudo, vale observar que o Tesouro Educa+ e o Tesouro RendA+ têm carência de 60 dias para o investidor ter liquidez.
Por outro lado, essas alternativas tendem a possuir um potencial de rentabilidade limitado, em comparação com os outros investimentos que você conheceu.
Títulos privados de renda fixa
Por fim, saiba que a renda fixa disponibiliza os títulos privados, emitidos por empresas, instituições financeiras ou securitizadoras. Você conta com diversas alternativas para atender a diferentes necessidades.
São exemplos de títulos privados de renda fixa:
- CDBs (certificados de depósito bancário);
- LCIs (letras de crédito imobiliário) e LCAs (letras de crédito do agronegócio);
- debêntures;
- CRIs (certificados de recebíveis imobiliários) e CRAs (certificados de recebíveis do agronegócio).
Nesses casos, você encontra características distintas em termos de prazos, rentabilidade, liquidez e segurança. Logo, vale a pena estudar aqueles que fazem mais sentido para a sua estratégia.
Neste artigo, você conheceu investimentos que podem ser considerados no planejamento da aposentadoria. Como foi possível aprender, há alternativas com características distintas, favorecendo a construção de um portfólio diversificado.
Quer continuar aprendendo sobre o tema? Então descubra com quantos anos você deve começar a pensar em investir para a aposentadoria!