Por que é preciso comparar os títulos antes de investir em renda fixa?

Se o seu objetivo é investir em renda fixa, é importante comparar as alternativas que fazem parte da classe. Desse modo, fica mais fácil encontrar as mais interessantes para o seu caso. Isso porque existem muitas opções de títulos, que atendem a diferentes estratégias.

Investimento em renda fixa

Apesar de as aplicações terem algumas similaridades, também existem diferenças marcantes. Em especial, em critérios como tributação, prazo e rentabilidade. Portanto, quanto mais você aprender sobre os títulos, maiores serão as chances de realizar boas escolhas para o portfólio.

Melhores investimentos em renda fixa

Neste artigo, você conhecerá mais sobre os investimentos da renda fixa e suas diferenças, além de saber como identificar os melhores para os seus objetivos financeiros. Vamos lá?

Quais as diferenças entre os títulos de renda fixa?

O primeiro passo para comparar as alternativas e tomar decisões conscientes é conhecer os títulos que fazem parte da renda fixa. O que caracteriza as alternativas dessa classe é a previsibilidade em relação à rentabilidade e os riscos mais baixos.

Conheça os investimentos mais populares!

CDB

CDB é a sigla para certificado de depósito bancário, uma alternativa de título privado, emitido por instituições financeiras. Como está atrelado à instituição que oferece os investimentos, o nível de risco dele depende do emissor.

Por exemplo, bancos maiores podem passar mais segurança que instituições menores e menos consolidadas. Um fator importante sobre a segurança dos CDBs é que eles contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Em relação à rentabilidade, vale as possibilidades comuns na renda fixa: pode ser prefixada, pós-fixada (geralmente acompanhando o Certificado de Depósito Interbancário, CDI) ou híbridos. Eles também são tributados pela tabela regressiva do IR.

LCI e LCA

A letra de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) são títulos semelhantes aos CDBs no funcionamento, com a particularidade de serem destinados a projetos desses setores. Por conta disso, eles são isentos de IR. Além disso, costumam ter liquidez menor e aporte mínimo mais elevado.

CRI e CRA

No grupo do crédito privado é possível encontrar o certificado de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA). Assim como a LCI e a LCA, eles são direcionados a negócios desses setores, com a diferença de serem emitidos por securitizadoras. Por isso, não têm a proteção do FGC.

Debêntures

Por fim, as debêntures são títulos de dívidas de empresas. Geralmente, sua liquidez é mais baixa e os riscos são maiores — não contando com o FGC. As debêntures são tributadas pelo IR, com exceção de um tipo: as debêntures incentivadas.

Títulos públicos

Os títulos emitidos pelo Governo Federal são negociados na plataforma do Tesouro Direto. Eles captam recursos para projetos públicos e têm a garantia do Tesouro Nacional. Por esse motivo, são considerados os mais seguros do mercado.

É possível fazer o aporte em títulos diferentes. Os principais deles são:

  • Tesouro Prefixado — nesses títulos a rentabilidade é definida antes da aplicação e o investidor pode prever no momento do aporte o valor que terá no resgate;
  • Tesouro Selic — são títulos pós-fixados, que tem o desempenho atrelado à Selic, a taxa básica de juros brasileira;
  • Tesouro IPCA+ — esse é um título híbrido, que tem uma taxa fixa e outra que acompanha o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), relacionado à inflação brasileira.

As alternativas oferecidas pelo Tesouro Direto têm liquidez diária. Ou seja, a solicitação do resgate pode ser feita a qualquer momento. Contudo, vale considerar que o valor pode oscilar, caso o resgate seja feito antes do prazo de vencimento dependendo do ativo.

Também é preciso considerar os tributos. É cobrado o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas aplicações resgatadas com menos de 30 dias — o percentual é reduzido a cada dia, chegando a zero no trigésimo.

Além disso, há cobrança de Imposto de Renda (IR) pela tabela regressiva, em que a alíquota reduz com o passar do tempo. Ela começa em 22,5% e chega ao mínimo de 15% a partir dos 720 dias de aplicação.

O que analisar ao investir em renda fixa?

Como você viu, existem diferenças entre os títulos e a escolha precisa considerá-las. Nesse sentido, uma dica é se analisar o tripé dos investimentos: liquidez, rentabilidade e segurança. Elas são características que se equilibram e você precisa determinar qual desses atributos é prioritário.

Isso porque não é possível contar com altos níveis dos três aspectos. Investimentos com menor liquidez, por exemplo, tendem a oferecer uma rentabilidade maior. Da mesma forma, investimentos com menos segurança podem oferecer em compensação taxas de juros mais elevadas.

Assim, você não deve considerar apenas os possíveis ganhos, mas as suas necessidades em termos de liquidez e segurança. Para o objetivo de reserva de emergência, por exemplo, a prioridade são esses atributos. Já para outros é possível abrir mão deles e buscar rentabilidade.

Como realizar essa comparação?

Como você viu, as características dos investimentos devem estar relacionadas ao seu planejamento financeiro. É importante definir as suas metas e objetivos para realizar a comparação com os títulos do mercado, encontrando os mais vantajosos para as suas necessidades.

Com esse cuidado, você pode selecionar as alternativas que mais correspondem ao que procura. É conveniente destacar que seu portfólio de investimentos não precisa se prender a apenas um título, pois a diversificação é uma estratégia com muitas vantagens.

Qual o melhor investimento hoje quando o assunto é renda fixa?

Para saber qual é o melhor investimento hoje, é possível analisar alguns fatores externos. Por exemplo, a Selic e a inflação. As informações podem ajudar a escolher os títulos da carteira para manter o poder de compra do seu dinheiro e ter rendimentos.

No entanto, mesmo que fatores externos impactem no desempenho dos investimentos, é interessante não se basear apenas neles para decidir suas aplicações na renda fixa. O mais importante na verdade são fatores internos.

Ou seja, vale a pena se basear principalmente nos seus objetivos e perfil de investidor. Afinal, mudanças externas não alteram o seu perfil de risco ou as suas necessidades. Logo, são esses aspectos que devem guiar suas escolhas nos aportes.

Com essas informações, agora você sabe comparar os títulos para investir na renda fixa. Lembre-se de avaliar quais deles fazem mais sentido para a sua estratégia financeira. Analise as características e busque alternativas diversificadas que se adéquam a seus objetivos!

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