IFIX: o que é, como funciona e para que serve esse índice?

Quem busca alternativas de investimento pode conhecer índices para acompanhar as cotações e evoluções dos ativos. Nesse cenário, saber o que é o IFIX e como ele funciona pode trazer benefícios ao investidor interessado em fundos imobiliários (FIIs).

Ele é um índice ligado ao mercado de FIIs brasileiro. Logo, quem deseja compor sua carteira com cotas desses veículos pode utilizá-lo para entender mais sobre a situação geral dos fundos. Quer entender como o indicador funciona e quais são suas características?

Então não perca este conteúdo que a Conexão BR preparou para você. Com ele você aprenderá mais sobre o IFIX e saberá por que deve conhecê-lo. Continue a leitura!

Como funcionam os fundos imobiliários?

Você já viu que o IFIX é ligado aos fundos imobiliários, então é fundamental entender como funcionam esses veículos de investimento. Eles têm ganhado bastante espaço entre os investidores brasileiros e podem, eventualmente, ser adequados à sua carteira.

Os fundos de investimento em geral são uma forma de investir coletivamente com um portfólio compartilhado. Por conta disso, o fundo é lançado no mercado com regras e estratégias definidas, de modo que investir nele é concordar com as normas.

Um gestor profissional será o responsável por todas as movimentações e negociações do portfólio, seguindo o que foi estabelecido no regimento. Os investidores interessados em participar do fundo podem comprar cotas, que representam uma fração ideal do seu patrimônio.

Logo, o preço das cotas acompanha os movimentos de valorização ou desvalorização do patrimônio do fundo. Os fundos de investimento podem se dividir em diversos tipos, que se distinguem pela estratégia adotada e a forma de composição da carteira.

Assim, os fundos imobiliários são aqueles em que o patrimônio está majoritariamente alocado no mercado de imóveis. Eles são negociados na bolsa de valores. Por sua vez, os FIIs também se dividem em alguns tipos.

Cada um tem uma forma de alocação diferente. Confira um resumo:

  • fundos imobiliários de tijolo: são aqueles que investem, prioritariamente, em imóveis físicos. Eles podem comprar e vender imóveis, focar no recebimento de aluguéis etc.;
  • fundos imobiliários de papel: são aqueles que alocam seu patrimônio em títulos de renda fixa atrelados ao mercado imobiliários, como Certificados de Recebíveis Imobiliários etc.;
  • fundos de fundos: por fim, esse tipo aloca seus recursos em cotas de outros FIIs.

O que é o IFIX?

Agora que você já conhece os fundos imobiliários, fica mais fácil avaliar se eles são adequados para a sua carteira de investimentos. Mas como fazer isso? Um recurso que pode ajudar é o IFIX — o índice que demonstra os resultados dos principais fundos brasileiros.

O IFIX é uma carteira teórica composta por diversos fundos imobiliários listados na B3, a bolsa de valores brasileira. Eles são escolhidos considerando uma metodologia estabelecida pela própria B3.

Criado em 2012, ele demonstra o desempenho médio das cotações desses fundos. Então pode ser considerado um termômetro do mercado. Desse modo, pode servir para embasar análises e decisões de investimentos.

Como ele funciona?

O IFIX é considerado um índice de retorno total. Isso significa que não reflete apenas a variação do preço das cotas no tempo. Ele também mede o impacto que a distribuição de dividendos tem no retorno dos fundos.

Uma informação importante sobre os FIIs diz respeito à divisão de lucros. Conforme a legislação, esses veículos precisam distribuir, pelo menos, 95% dos seus ganhos aos acionistas por meio dos dividendos.

Assim, a divisão é incorporada nos pontos do índice, sendo relevante para a classificação e influência de cada fundo no IFIX. Logo, ao analisar o índice, o investidor terá informações sobre os resultados com valorização das cotas e com o pagamento de dividendos.

O IFIX é divulgado em tempo real pela B3 e seu resultado pode ser encontrado no site oficial da bolsa. Lá é possível ter acesso aos resultados de diversos períodos para conseguir observar a evolução do índice.

Como o IFIX é composto?

Para compreender melhor o IFIX é preciso saber quais são os critérios para a sua composição. Ou seja, quais são os fundos imobiliários escolhidos e como eles são selecionados para alocação na carteira teórica.

A metodologia é divulgada pela B3 e há 4 critérios para que um fundo seja selecionado. Eles devem:

  • representar 95% do somatório total dos indicadores nas últimas 3 carteiras anteriores, em ordem decrescente do índice de negociabilidade;
  • ter presença em, pelo menos, 95% dos pregões do período das últimas 3 carteiras;
  • não ser considerado uma penny stock, ou seja, sua cota não pode ter preço ponderado menor do que R$ 1,00.

Além disso, os fundos lançados no mercado durante as últimas 3 carteiras podem ser elegíveis. Para isso, eles precisam atender aos requisitos anteriores, exceto a presença nos pregões.

Também há critérios de ponderação no índice, relacionados ao valor de mercado da totalidade das cotas emitidas. Por isso, os fundos podem ter pesos diferentes para influenciar na pontuação final do IFIX.

Assim, quanto maior o valor de mercado do fundo imobiliário na bolsa de valores, maior será o seu peso no IFIX. No entanto, um fundo imobiliário não pode ter uma participação maior do que 20% na composição do índice.

Se isso ocorrer, o peso do fundo será ajustado até atingir o limite de 20%. E o excedente será distribuído proporcionalmente aos outros FIIs da carteira teórica.

Por que o investidor deve conhecer o IFIX?

Você já entendeu o que é o IFIX, como funciona e como é divulgado. Mas por que o investidor deve conhecer esse índice? Primeiro, é preciso lembrar que ele serve como um termômetro do mercado de fundos imobiliários.

Como ele acompanha o desempenho do preço das cotas dos principais fundos listados, é possível perceber como o mercado se comportou. Assim, fazendo análises históricas de evolução, você poderá avaliar se a rentabilidade e estabilidade são adequadas para seu portfólio.

Além disso, é viável se expor aos resultados do IFIX. Apesar de não ser possível investir diretamente no índice, pois ele não é um ativo, o investidor pode basear suas decisões nele ou procurar por ETFs (fundos de índice) que acompanhem o indicador.

Agora que você sabe o que é o IFIX, poderá utilizá-lo para basear suas decisões de investimento. Mas não se esqueça de que a sua carteira deve ser sempre pautada no seu perfil de investidor e nos seus objetivos financeiros.

Quer esclarecer mais questões sobre os fundos imobiliários e índices do mercado financeiro? Então entre em contato com um agente autônomo de investimentos!

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