Quais são os riscos de investimentos em renda variável?

Muitas pessoas temem a realização de investimentos em renda variável por conta dos riscos envolvidos. No entanto, não são todos que sabem, de fato, quais seriam esses riscos ou que é possível adotar estratégias para reduzi-los.

Portanto, se você quer buscar oportunidades de fazer o dinheiro render com alternativas de renda variável, vale aprender mais sobre essa classe de investimento. Assim, será possível montar uma carteira de investimentos personalizada, conforme o seu perfil de investidor e objetivos financeiros.

Se você se interessou pelo assunto, confira quais são os riscos de investimentos em renda variável e como gerenciá-los. Boa leitura!

O que é a renda variável?

A renda variável refere-se a uma classe de investimentos que engloba diferentes ativos e derivativos do mercado financeiro. No entanto, eles não possuem retornos previsíveis e costumam oscilar ao longo do tempo, podendo gerar perdas ao investidor.

Para entender melhor esse conceito, vale conhecer o funcionamento da renda fixa. Em uma aplicação dessa classe, o investidor sabe qual será a lógica de remuneração do investimento. Isso porque tanto as regras de rentabilidade quanto o prazo já estão previstos no título.

Por exemplo, em um título de renda fixa com retorno de 12% ao ano e vencimento em 5 anos, terá essa exata rentabilidade — caso o investimento seja mantido até a data final. Em outros casos, ele pode estabelecer o retorno conforme um índice do mercado.

Já na renda variável isso não acontece, pois não há a previsão de remunerações específicas. Então, enquanto o seu dinheiro estiver investido, a rentabilidade pode variar — seja para oferecer lucro ou prejuízo.

Imagine que você compre um lote de 100 ações de uma empresa, com cotação de R$ 10 cada (totalizando R$ 1 mil). Suponha agora que, em um mês, o preço da ação suba para R$ 12. Caso você venda suas ações, terá um lucro de R$ 2 por papel (ou seja, um lucro de R$ 500), ou 20% do valor investido.

Nesse sentido, o potencial de retorno da renda variável é superior ao da renda fixa. Em contrapartida, os riscos tendem a ser maiores. Afinal, as chances de a ação cair para R$ 5 — e revelar um prejuízo de R$ 500 — também estão presentes.

Por isso é importante que o investidor conheça os riscos existentes, além de aprender formas de mitigá-los.

Quais são os riscos da renda variável?

Antes de avaliar os riscos da renda variável, vale entender que todo investimento que proporciona retorno financeiro possui um risco envolvido. Ele pode estar associado às incertezas do próprio investimento ou ao funcionamento do mercado.

Na renda variável é possível encontrar dois principais tipos de riscos. São eles:

Risco de liquidez

Em finanças, a liquidez representa a facilidade de transformar um investimento em dinheiro. Dessa maneira, investimentos com maior liquidez podem ser desfeitos rapidamente. Já aqueles que contam com menor liquidez podem gerar algumas dificuldades no momento do resgate.

Na bolsa de valores, ações de grandes companhias (blue chips) costumam apresentar alta liquidez, o que pode permitir comprá-las ou vendê-las no mesmo dia. Já ações de companhias pequenas (small caps) podem ter uma liquidez menor, devido ao número menor de investidores interessados.

Nesses casos, a dificuldade para realizar a venda pode gerar uma redução no preço do ativo, consolidando prejuízos.

Risco de mercado

O risco de mercado, por sua vez, diz respeito às oscilações comuns do mercado financeiro. Questões como política econômica, taxa de juros, inflação e cenário internacional podem afetar o ânimo dos investidores e gerar maior volatilidade para os preços.

Isso porque, na renda variável, muitos ativos e derivativos são precificados pela lei da oferta e demanda. Assim, quanto maior for a procura por uma alternativa, maior tende a ser seu preço. O contrário também ocorre, ou seja, é esperada uma queda dos preços com o aumento na oferta.

Entretanto, é preciso destacar que tanto o risco de liquidez quanto o de mercado podem ser reduzidos. No primeiro caso, uma solução pode ser escolher opções com maior liquidez. Já para o risco de mercado, é preciso conhecer estratégias para controle da relação de risco e retorno.

Como gerenciar os riscos na renda variável?

Agora que você viu o conceito e o funcionamento da renda variável, bem como os principais riscos envolvidos, chegou o momento de saber como gerenciá-los.

Uma das estratégias mais utilizadas por investidores para mitigar os riscos dos investimentos é a diversificação. Para fazê-la, o investidor precisa compor sua carteira com diferentes alternativas do mercado, que devem ser descorrelacionadas ou apresentar correlação negativa, incluindo a diversificação geográfica.

Afinal, se você aportar todo o seu capital em apenas uma alternativa, seu resultado será único — lucro ou prejuízo. Já com investimentos diversificados, o eventual prejuízo de um deles pode ser compensado ou superado pelo lucro de outro, mantendo-se um equilíbrio entre risco e retorno.

No momento de montar uma carteira diversificada, no entanto, fique atento para escolher alternativas adequadas ao seu perfil de investidor e objetivos financeiros. Dessa forma, você evita a exposição a riscos maiores do que tolera.

Outra forma de controlar o risco é investir com foco em prazos maiores. Visando o longo prazo, você não será impactado pelas pequenas oscilações diárias do mercado. Ainda, lembre-se de que o prejuízo somente será realizado se você vender o ativo por um preço menor que pagou.

Quais são as oportunidades da renda variável?

Ao chegar até aqui, você aprendeu que a renda variável oferece maiores riscos. Contudo, também viu que o seu potencial de retorno é mais elevado. Com isso, ela pode atender a diferentes objetivos — especialmente, de longo prazo.

Assim, vale a pena conhecer algumas das principais alternativas dessa classe. Entre elas, estão:

  • ações;
  • fundos de investimento imobiliário (FII);
  • fundos de ações;
  • fundos multimercados;
  • fundos cambiais;
  • fundos de índice (ETFs);
  • brazilian depositary receipts (BDRs).

Além disso, existem derivativos como opções de ações e contratos futuros, que podem ser utilizados para especulação ou hedge financeiro. Logo, você pode implementar diferentes estratégias e formas de operar na composição e manutenção de sua carteira de investimentos.

Depois de conhecer o que é renda variável e os riscos de investimentos dessa classe, você poderá buscar por alternativas que aumentem o potencial de retorno do seu portfólio. Caso tenha dúvidas sobre esses investimentos, vale contatar uma assessoria de investimentos.

Quer ajuda para dar os primeiros passos nos seus investimentos? Conte com o suporte de um de nossos assessores!

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