O que é mercado secundário e como investir nele? 

Todo investidor deve se familiarizar com os processos e os principais termos ligados aos investimentos. Isso ajuda a identificar eventuais oportunidades, avaliar riscos e investir com mais confiança, aumentando as chances de sucesso na sua estratégia. 

Nesse contexto, vale compreender o que é o mercado secundário e como ele funciona. Entender esse ambiente importante para a dinâmica dos investimentos contribui para ampliar seus conhecimentos e tomar decisões mais conscientes. 

Quer saber mais? Então confira o que é o mercado secundário e como investir nele! 

O que é mercado secundário e como ele funciona? 

O mercado secundário é o ambiente no qual valores mobiliários são negociados entre investidores, sem a participação direta do emissor. Nele, é possível comprar e vender ativos que já foram emitidos anteriormente. 

O funcionamento do mercado secundário depende do tipo de alternativa envolvida, conforme a sua classe de investimento. Entenda! 

Renda fixa 

Na renda fixa, o mercado secundário é especialmente relevante quando um investidor deseja resgatar recursos antes do vencimento do título. Nesse caso, as aplicações podem ser vendidas a outros interessados, mesmo quando não possuem liquidez diária. 

O acesso ao mercado secundário geralmente depende do suporte de uma instituição financeira, que intermedeia a negociação entre investidores. Além disso, em algumas situações, ela mesma pode realizar a compra dos títulos.  

O mercado secundário de renda fixa viabiliza negociar títulos privados, como: 

  • Certificados de Depósito Bancário (CDBs); 
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs); 
  • Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs); 

Já no caso dos títulos públicos, há duas formas de negociação. Uma é pelo Tesouro Direto, a plataforma voltada a pessoas físicas, que conta com recompra diária garantida pelo próprio Tesouro Nacional. 

A outra é o mercado secundário de títulos públicos, em que investidores institucionais negociam esses papéis entre si, fora da plataforma do Tesouro Direto.  

Renda variável 

No segmento de renda variável, o mercado secundário ocorre principalmente na bolsa de valores. Nesse ambiente, os investidores negociam ações, cotas de fundos de investimento e outros ativos financeiros entre si. 

Assim, é possível que os investidores adquiram ativos que já foram emitidos, transferindo recursos para os antigos proprietários e incorporando os investimentos às suas próprias carteiras. 

Qual é a diferença para o mercado primário? 

No mercado primário, os investimentos são adquiridos diretamente do emissor, seja por meio de instituições financeiras ou plataformas de distribuição, dependendo da classe do ativo. Um exemplo em renda variável são as ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações. 

Nessa ocasião, as empresas abrem o capital para que investidores se tornem acionistas. Dessa maneira, os recursos captados podem ser usados no crescimento e no desenvolvimento do negócio. 

Já na renda fixa, os investidores conseguem acessar os títulos por meio de corretoras ou, quando é um título público, na plataforma do Tesouro Direto. Nesse cenário, os recursos pagos pelos investidores são utilizados pelo emissor para financiar projetos, expandir atividades ou investir em operações.  

Independentemente da classe de investimentos, a cotação dos ativos no mercado primário é definida pelo próprio emissor, ainda que considere o nível de interesse dos investidores. Já no mercado secundário, os preços são determinados conforme a oferta e demanda, variando conforme a procura pelo ativo e cenário econômico.  

Quanto maior é o interesse pelo investimento, mais elevado tende a ser seu preço, refletindo a percepção de valor dos participantes. Logo, essa dinâmica permite que compradores encontrem oportunidades diferentes daquelas do mercado primário. 

Por que o mercado secundário é tão importante? 

O mercado secundário tem grande importância no mercado financeiro. Na renda variável, por exemplo, adquirir ações nesse ambiente costuma ser mais simples do que participar de uma oferta pública inicial, tornando o acesso aos investimentos mais rápido e prático.  

Além disso, em alguns casos, o mercado secundário pode proporcionar maior liquidez, já que possibilita a negociação contínua de ativos entre investidores. No entanto, essa liquidez não é garantida, podendo variar conforme o tipo de investimento, o volume de negociação e o interesse do mercado. 

Ainda assim, é o mercado secundário que viabiliza vender aplicações antes do vencimento, quando existe demanda, ou transferi-las para outros investidores. Isso amplia a flexibilidade de gestão das carteiras. 

Outro aspecto relevante é que o mercado secundário democratiza o acesso às alternativas de investimento. Sem esse ambiente, apenas quem participasse de IPOs ou emissões iniciais poderia se expor a empresas, fundos ou demais investimentos negociados em bolsa.  

Dessa forma, o mercado secundário contribui para dinamizar os ambientes de investimento, tornando-os mais eficientes. 

Quais são os riscos do mercado secundário? 

Mesmo investimentos considerados mais seguros, como os de renda fixa, podem apresentar riscos no mercado secundário. Um dos principais é a possibilidade de perder parte do capital aplicado. Isso ocorre porque muitos títulos só garantem o retorno prometido se forem mantidos até o vencimento.  

Caso o investidor decida vender antes, o preço obtido depende da avaliação do mercado naquele momento. Se o preço estiver abaixo do esperado, a venda pode gerar prejuízo sobre a rentabilidade ou até sobre o capital aplicado. 

Vale ter em mente que, apesar de o mercado secundário contribuir para melhorar a liquidez, nem todos os ativos possuem grande procura. Assim, em situações em que há poucos interessados, pode ser difícil vender a alternativa rapidamente.  

O investidor pode precisar esperar mais tempo para acessar o dinheiro ou aceitar um valor menor para concluir a negociação. Portanto, antes de operar no mercado secundário, é fundamental avaliar esses riscos e considerar o impacto que a marcação a mercado e a liquidez podem ter sobre seus investimentos. 

Leia tambémRisco sistemático e não sistemático: quais são as diferenças?  

Como investir no mercado secundário? 

Para investir no mercado secundário, o primeiro requisito é ter conta em uma corretora de valores, que serve como ponte entre você e esse ambiente. É por meio dela que se pode negociar ações e outros ativos na bolsa, utilizando uma plataforma chamada home broker. 

Ademais, a instituição oferece acesso a títulos de renda fixa e cotas de fundos negociados por outros investidores. Ainda, para tomar decisões mais bem informadas nesse mercado, contar com o apoio de uma assessoria de investimentos, como a Conexão BR Investimentos, pode fazer a diferença nos resultados.  

O assessor ajuda a identificar alternativas que combinem com o seu perfil de investidor e com os objetivos financeiros que você quer alcançar. Ele explica como cada investimento funciona e quais riscos estão envolvidos.  

Neste post, você entendeu o que é o mercado secundário e como investir nele. Agora, vale a pena aproveitar os conhecimentos na hora de criar ou ajustar a sua estratégia de investimentos, contando com ajuda de uma assessoria especializada. 

Gostou deste post? Compartilhe-o nas redes sociais para quem pode se interessar em saber mais sobre o mercado financeiro! 

Tags: