Derivativos financeiros: quais os principais tipos e quando usar? Entenda!

Se você deseja operar na bolsa de valores, saiba que não existem apenas os ativos, como as ações e cotas de fundos. Também estão disponíveis instrumentos conhecidos como derivativos financeiros — e conhecer os seus tipos e como eles funcionam é fundamental.

Na prática, há diferentes classificações de derivativos e eles podem ser utilizados para diversos objetivos. Por isso, é preciso conhecer as características dessas ferramentas para compreender as estratégias que podem ser usadas, de acordo com as suas expectativas.

Na sequência, entenda o que são derivativos financeiros e os seus principais tipos!

O que são derivativos financeiros?

Os derivativos financeiros consistem em instrumentos derivados de um ativo principal no mercado. Assim, eles podem ser vinculados a taxas de juros, câmbio, índices, ações, commodities, entre outros.

O principal objetivo dos derivativos é permitir que os participantes do mercado gerenciem riscos ou busquem oportunidades de lucro no curto prazo. Inclusive, em muitos casos, é possível fazer operações que não envolvem a liquidação física, se limitando à liquidação financeira.

Como os derivativos financeiros surgiram?

Em relação ao seu surgimento, os derivativos existem antes mesmo das bolsas de valores e dos mercados financeiros. Eles foram originados como uma resposta às necessidades dos produtores agrícolas.

A motivação principal para o surgimento desses instrumentos foi a necessidade dos produtores agrícolas de se protegerem contra a volatilidade nos preços das commodities. Naquela época, eles enfrentavam incertezas em relação aos preços de venda de seus produtos.

Isso porque eles plantavam sem saber exatamente quanto receberiam na época da colheita. As condições de mercado e a relação entre oferta e demanda poderiam resultar em preços tão baixos que inviabilizariam as atividades, gerando prejuízos.

Foi nesse contexto que começaram a surgir contratos futuros — derivativos que incluíam a fixação de preços e condições de entrega no futuro. Inicialmente, a liquidação desses contratos era predominantemente física, ou seja, envolvia a entrega efetiva dos ativos.

Com o tempo, à medida que o mercado evoluiu, surgiram outros derivativos e eles também passaram a ser utilizados de forma mais abrangente. Nesse caso, também surgiram operações em que a liquidação tornou-se predominantemente financeira, envolvendo o pagamento em dinheiro com base nas variações de preço do ativo de referência.

Quais são os tipos de derivativos financeiros?

Agora que você já sabe o que são derivativos financeiros e como eles surgiram, vale a pena conhecer os principais tipos disponíveis no mercado. De modo geral, a bolsa de valores brasileira (B3) oferece diferentes ambientes que permitem a negociação desses contratos.

Veja quais são eles a seguir!

Contrato a termo

Esse tipo de derivativo é negociado no mercado a termo, que consiste em um ambiente de negociação em que duas partes acordam uma transação que será realizada em uma data futura.

Nesses contratos, são especificadas informações como preços de negociação, quantidade de ativos, taxa de juros e vencimento. Desse modo, esse derivativo funciona como um compromisso de compra ou venda para as partes. Assim, é possível fixar os preços e condições para a aquisição futura do ativo negociado.

Opções

As opções consistem em derivativos que conferem o direito, mas não a obrigação, de comprar (call) ou vender (put) um ativo a um preço preestabelecido em uma data futura.

Quem adquire esse tipo de derivativo paga um prêmio ao vendedor (lançador) e poderá decidir se exercerá ou não a opção na data combinada. Enquanto isso, o lançador é obrigado a cumprir a transação se quem comprou optar por realizar o seu direito.

Contrato futuro

Já os contratos futuros permitem aos participantes assumir posições compradas ou vendidas em relação ao comportamento futuro do preço de ativos específicos.

Esses contratos podem envolver, por exemplo:

  • moedas (euro, dólar, iene etc.);
  • índices (como S&P 500 ou Ibovespa);
  • commodities (como ouro, soja, milho, petróleo, café etc.).

É importante ressaltar que os contratos futuros são padronizados e incluem ajuste diário. Isso significa que as variações de preço são calculadas diariamente e refletidas nas contas dos participantes.

Swaps

Swaps são derivativos que não estão diretamente relacionados aos ativos financeiros, mas sim a juros e outros indicadores, como taxas de câmbio.

Nesse sentido, os swaps permitem a troca de riscos entre as partes, como o risco cambial por variações nas taxas de juros. Um ponto relevante é que os swaps não podem ser transferidos para terceiros.

Quando usar os derivativos financeiros?

Conhecendo os principais tipos de derivativos, vale saber que o momento de utilizá-los dependerá do seu perfil e objetivos. Além disso, é preciso definir qual será a sua estratégia — geralmente eles são usados para proteção ou especulação.

Uma das possibilidades é a utilização de operações estruturadas, que costumam ser associadas ao uso de opções — mas também podem usar outros ativos e instrumentos. Essas operações envolvem a combinação de dois ou mais ativos e derivativos, seguindo uma composição específica e predefinida.

As estratégias podem ser utilizadas com o objetivo de travar condições de mercado específicas, para proteger uma carteira contra movimentos desfavoráveis de preços, bem como para aumentar o seu potencial de ganhos.

Por exemplo, um investidor pode criar uma estratégia que envolva a compra de opções de venda para se proteger contra uma possível queda nos preços dos ativos em sua carteira. Também é possível usar a oportunidades para ampliar o potencial de ganhos com outras operações.

Além disso, por conta da variedade de derivativos e ambientes de negociação disponíveis, as estratégias podem ser adaptadas conforme as necessidades de cada investidor. Ou seja, as operações proporcionam flexibilidade para auxiliar na busca por diferentes objetivos.

Vale saber que as operações também podem ser montadas de maneira predefinida, seguindo estratégias tradicionais ou modelos específicos. Em todos os casos, é preciso ter atenção ao operar derivativos e montar estruturas.

Lembre-se de que os movimentos do mercado podem contrariar as expectativas do operador, impactando o risco e retorno obtido. Então há riscos de ter perdas financeiras.

Por esse motivo, avalie os riscos e, se for o caso, conte com suporte profissional para auxiliar no processo. As corretoras de valores, por exemplo, costumam ter produtos estruturados a partir das necessidades dos clientes.

Conclusão

Após compreender o que são derivativos financeiros e quais são os seus tipos, você tem uma ideia mais clara de quando os utilizar. Caso esses instrumentos estejam alinhados com os seus objetivos e o seu perfil de investidor, saiba que é possível usá-los a favor dos seus resultados.

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