Você conhece o rendimento anual da poupança?

A caderneta de poupança é um investimento bastante conhecido entre os brasileiros, em especial por sua simplicidade e segurança. Porém, antes de investir é preciso saber qual é o rendimento anual da poupança.

Devido às suas regras, ela pode ter um retorno aquém do esperado e existem outros investimentos disponíveis que podem ser tão seguros e líquidos e, ainda assim, apresentar maior possibilidade de ganhos. Além desses produtos mais conservadores, também existem ativos de maior risco e com potencial de rendimento ainda mais amplo para clientes com perfil moderado e agressivo.

Para entender por completo o assunto, veja neste post quanto rende a poupança ao ano e conheça algumas das alternativas a ela. Vamos lá?

Qual é o rendimento anual da poupança?

Conhecer as regras de retorno da poupança ajuda a ter previsibilidade quanto aos ganhos desse investimento e fazer uma análise melhor. No caso do rendimento anual, são aplicadas duas regras, dependendo do desempenho anual da taxa Selic.

Quando a taxa de juros é igual ou menor que 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic. Quando a taxa atingiu a mínima histórica de 2%, por exemplo, o rendimento da poupança ao ano foi para 1,4% ao ano.

Já quando a taxa básica de juros estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento é de 0,5% ao mês. Essa também é a rentabilidade da chamada poupança antiga, antes da mudança de regras — que aconteceu em 2012.

Em ambos os casos há a soma da taxa referencial (TR). Contudo, desde o final de 2017 a TR se mantém nula.

Qual é o rendimento mensal da poupança?

A partir do retorno anual calculado para a caderneta, é possível também avaliar o rendimento que pode ser obtido mensalmente. Como visto, quando a taxa Selic está superior a 8,5% ao ano o rendimento mensal é de 0,5% mais TR.

No caso dos depósitos que rendem 70% da Selic, pode-se converter o retorno anual em mensal para conhecer o desempenho no período. Como exemplo, considere que, em junho de 2021, a Selic foi ampliada para 4,25% ao ano.

Isso faz com que o retorno anual da caderneta, nesse cenário, seja de 2,97% ao ano. Significa que, no mês, a poupança rende cerca de 0,247% em um cenário desse tipo. Na prática, R$ 1 mil aplicados renderão apenas R$ 2,47 ao final de 30 dias.

Vale a pena investir na poupança?

Apesar de a poupança ser muito conhecida e apresentar certa praticidade, ela não costuma ser um investimento tão interessante. Ao calcular o rendimento anual e mensal da caderneta, isso fica claro, certo?

O fato de o retorno ser tão baixo faz com que a poupança, em determinados períodos como o atual por exemplo, perca também para a inflação. Em 2020, por exemplo, ela rendeu 2,11% no ano, enquanto a inflação foi de 4,52%. Logo, além de não ter apresentado ganho real, a aplicação levou à perda do poder de compra.

Além disso, é preciso considerar que o rendimento da caderneta não é diário. O retorno só é somado ao montante no aniversário do depósito, ou seja, uma vez a cada 30 dias. Isso prejudica a acumulação de juros compostos e também exige atenção com os resgates, apesar da liquidez diária.

Quais são as opções de investimento à poupança?

Devido às condições de retorno anual da poupança, é interessante buscar alternativas para compor sua carteira. É possível recorrer a investimentos tão seguros quanto a caderneta ou escolher investimentos com maior volatilidade — de acordo com o perfil de investidor.

Para conhecer outras possibilidades, veja a seguir alguns investimentos que podem fazer parte do seu portfólio!

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público do Tesouro Direto, com rendimento também atrelado à Selic.

Nesse caso, também há a questão da liquidez diária associada a um rendimento diário. No Tesouro Selic, o montante rende todos os dias e não apenas no aniversário de depósito. E, assim como na poupança, pode ser resgatado com facilidade.

Títulos privados

Também de renda fixa, os títulos privados são, normalmente, emitidos por instituições financeiras para captar recursos. É o caso do certificado de depósito bancário (CDB).

O rendimento pode ser prefixado, pós-fixado ou atrelados a inflação, como acontece em outros investimentos dessa classe. Se o título tiver liquidez diária, o resgate pode se dar em qualquer momento, semelhante à poupança.

Já se você estiver disposto a abrir mão de parte da liquidez, pode encontrar investimentos com maior rentabilidade. Dois exemplos são a letra de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA). Elas se destacam por serem isentas de IR para pessoas físicas.

Em relação à segurança, tanto o CDB quanto a LCI e a LCA têm cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). O limite é de R$ 250 mil por CPF e instituição, com limite de R$ 1 milhão que é renovado a cada 4 anos.

Crédito privado

Quem deseja mais rentabilidade pode assumir mais riscos sem precisar sair da renda fixa. É o caso dos investimentos ligados ao crédito privado, como os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA).

Os dois são isentos de IR para pessoa física. As debêntures são outro exemplo. Trata-se de títulos de dívida emitidos por empresas públicas e privadas. No caso das debêntures incentivadas, a alíquota é zero para pessoas físicas.

Ações

Caso seu perfil de investidor contemple uma maior tolerância ao risco, é possível aproveitar a renda variável. A compra de ações permite investir em empresas negociadas na bolsa de valores e participar de seus resultados.

Ao se tornar acionista, você pode obter rendimentos pela valorização do preço de venda das ações ou pela distribuição de proventos. Atrelado aos maiores riscos, existe maior potencial de rentabilidade, especialmente no longo prazo — sem os limites da renda fixa.

FIIs

Outro produto de renda variável, os fundos de investimento imobiliário (FIIs) funcionam como condomínios financeiros. Cada investidor adquire cotas de participação nos resultados e o patrimônio é movimentado por um gestor profissional.

Os FIIs podem ser fundos de papel (investem prioritariamente em títulos ligados ao mercado imobiliário), de tijolo (possuem imóveis físicos) ou fundo de fundo (adquirem cotas de outros fundos). É possível lucrar com a valorização das cotas e com a distribuição de dividendos.

Agora você entende qual é o retorno anual da poupança. Como vimos, o resultado demonstra que é essencial buscar alternativas de investimentos para a sua carteira em busca de resultados melhores ao longo do tempo. Existem alternativas de menor ou maior risco e prazos distintos a depender das suas preferências!

Precisa de ajuda para conhecer melhor os investimentos disponíveis no mercado? Entre em contato com a Conexão BR e conte com a nossa assessoria de investimentos!

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