Fundo de ouro: entenda como funciona e se vale a pena investir
O ouro é um metal precioso e escasso que também é usado como commodity. Assim como ocorre com qualquer matéria-prima de grande relevância, é possível investir com exposição a ele. Uma das formas mais comuns de fazer isso é por meio do fundo de ouro.
Esse é um veículo de investimento coletivo, que pode ser utilizado para a diversificação da carteira e o gerenciamento dos riscos de mercado. Para entender se vale a pena adicionar a alternativa ao seu portfólio, é interessante compreender o funcionamento dessa modalidade.
Neste conteúdo, você entenderá o que é fundo de ouro e quais são as suas vantagens. Confira!
O que é um fundo de ouro?
O fundo de investimento em ouro é uma modalidade coletiva, em que a maior parte dos recursos são investidos em ativos lastreados nesse metal. O objetivo é gerar retorno a partir das movimentações do preço desse material.
Isso significa que o fundo pode investir em exchange traded funds (ETFs) ou fundos de índices de ouro, por exemplo. Ele também pode negociar contratos futuros de ouro ou buscar outras alternativas expostas a essa commodity.
Ainda, há margem para investir uma parte do portfólio em ativos que não tenham relação direta com o ouro, como o dólar. Essas características dependem da estratégia do fundo, que é definida e apresentada previamente ao mercado.
Como esse investimento funciona?
O investimento em um fundo de ouro funciona de maneira semelhante aos demais fundos. Assim, os interessados em participar dos resultados adquirem as suas cotas, que são frações do patrimônio desse veículo.
As decisões de alocação do patrimônio investido não são feitas pelo investidor e, sim, por um gestor profissional. Ele é o responsável por definir como os recursos devem ser investidos, de acordo com a estratégia definida. Como você viu, o foco está em ativos e derivativos relacionados ao ouro.
As principais informações sobre cada fundo podem ser consultadas pelo investidor antes de realizar o aporte, ficando disponíveis no prospecto e na lâmina. Logo, é possível decidir se a escolha faz sentido ou não para a sua carteira.
Veja outros aspectos relevantes dos fundos de ouro!
Rentabilidade
O potencial de rentabilidade de um fundo de ouro varia de acordo com a estratégia e com a cotação do metal. Assim, é possível obter ganhos quando o metal se valoriza, já que isso tende a se refletir em um aumento no preço das cotas, por exemplo.
Custos
Também é preciso considerar os custos envolvidos nesse investimento. O mais comum é a taxa de administração, responsável por remunerar a gestão profissional do fundo. Outra cobrança que pode surgir é a taxa de performance, que serve como um prêmio ao gestor quando superar o benchmark.
Tributação
O fundo de ouro é tributado pelo Imposto de Renda (IR) por meio da tabela regressiva, a qual varia com o tempo de permanência do dinheiro investido. A tributação ocorre do seguinte modo:
- até 180 dias: 22,5%;
- entre 181 e 360 dias: 20%;
- entre 361 e 720 dias: 17,5%;
- mais de 720 dias: 15%.
Quais são os principais tipos de fundo de ouro?
Agora que você já conhece o conceito de fundo de ouro e o seu funcionamento, chegou a hora de saber quais são os principais tipos. Confira três estratégias muito usadas!
Fundo de ouro em real
Como o próprio nome sugere, o fundo de ouro em real é voltado para a commodity no valor do real, a moeda brasileira. Portanto, essa categoria não sofre com variações cambiais, estando exposto apenas às oscilações dos contratos futuros e do preço do metal.
Fundo de ouro em real + CDI
Geralmente, o fundo de ouro em real mais Certificado de Depósito Interbancário (CDI) visa o longo prazo. O seu objetivo é seguir as variações do preço do ouro em real, somando-as à variação do CDI, que é muito usado na renda fixa.
Fundo de ouro + dólar
O fundo de ouro em dólar é voltado para acompanhar a variação do dólar. Nesse caso, o fundo pode oferecer proteção cambial, mas é mais volátil.
Quais são as vantagens e riscos desse tipo de fundo?
Após conhecer os tipos de fundo de ouro, você deve saber as vantagens e os riscos envolvidos nessa opção. Um dos motivos para investir nessa modalidade é a possibilidade de fazer hedge financeiro — em especial, em momentos de instabilidade do mercado.
Isso ocorre porque o ouro é um dos metais mais valiosos do mundo e serve como reserva de valor. Logo, há como aproveitar esses fundos para se proteger das oscilações do mercado, da perda de patrimônio e da eventual desvalorização das moedas, como o real.
Apesar de serem usados para a proteção dos investimentos, é importante considerar que o aporte em fundos de ouro também gera riscos. Mesmo o metal sendo um ativo com valor intrínseco, o seu preço fica exposto à volatilidade do mercado.
No longo prazo, a cotação pode ser mais estável, mas ela costuma apresentar oscilações significativas a curto prazo. Isso ocorre porque o preço do metal está sujeito à lei da oferta e demanda.
Ademais, a estratégia adotada tem o potencial de aumentar a exposição à volatilidade. Um fundo de ouro que utiliza derivativos financeiros, por exemplo, tende a apresentar mais riscos de um fundo com uma abordagem conservadora.
Vale a pena investir em fundo de ouro?
Investir em fundo de ouro pode ser uma boa estratégia para quem deseja diversificar a carteira e proteger o patrimônio. No entanto, é válido destacar que o ouro é um ativo volátil no curto prazo. Desse modo, há riscos envolvidos ao investir nele, ainda que por meio de um veículo coletivo.
É essencial considerar, por exemplo, que esses fundos são de renda variável e não têm garantia de retorno. A exposição aos preços de uma commodity também aumenta os riscos, então o fundo pode ser mais adequado para investidores arrojados ou moderados ou que buscam proteção contra as oscilações do mercado.
Portanto, é fundamental estudar todas as vantagens e riscos envolvidos, bem como considerar seu perfil e seus objetivos. Assim, fica mais fácil tomar uma decisão alinhada com sua estratégia e que o ajude a atingir os resultados desejados.
O fundo de ouro é um tipo de investimento voltado para quem deseja se expor à cotação desse metal — tanto com o objetivo de aumentar quanto para proteger o patrimônio. Antes de investir, não deixe de considerar as variáveis para decidir se essa alternativa vale a pena.
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