Como fazer a portabilidade de investimentos? Entenda!

Uma das decisões mais importantes ao investir consiste em escolher a instituição financeira a partir da qual você alocará seus recursos. Porém, essa escolha não precisa ser definitiva, pois existe a chamada portabilidade de investimentos.

O processo pode ser motivado por diversos fatores, como condições mais interessantes ou maior variedade de produtos. Contudo, é preciso que todo processo seja realizado corretamente para que você possa aproveitar os benefícios de trocar de instituição financeira.

Então que tal descobrir como fazer a portabilidade de investimentos? Continue a leitura e entenda!

O que é a portabilidade de investimentos?

Quando você é cliente de uma operadora de telefonia, mas deseja se tornar cliente de outra, uma das possibilidades é fazer a portabilidade de número, certo? Dessa forma, você mantém o número, mas troca a responsável pelo serviço prestado.

No mercado financeiro há um mecanismo semelhante. Nesse caso, a portabilidade de investimentos consiste em uma transferência de custódia dos ativos entre instituições financeiras diferentes. Assim, você pode manter seus investimentos, mas migrar de instituição.

Como funciona essa portabilidade?

Depois de conhecer o conceito inicial, que tal se aprofundar para entender como funciona esse processo? Na prática, portabilidade faz com que seus investimentos sejam levados para outra instituição financeira, sem que as condições sejam afetadas.

Ao transferir ações de uma corretora para a outra, por exemplo, seu dinheiro permanece investido nesses papéis. Não é preciso vendê-los para comprar de novo, trazendo maior facilidade.

A transferência ocorre de maneira gratuita e é um direito garantido aos investidores. Após a conclusão, seus ativos estarão sob a custódia da nova instituição escolhida. Porém, nem toda portabilidade funciona de modo idêntico.

Na hora de fazer o processo para a Previdência Privada, por exemplo, é preciso conferir se os tipos de planos são equivalentes. Você só pode portabilizar um plano do tipo Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) para outro VGBL. O mesmo vale para o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL).

Quais são os benefícios da portabilidade de investimentos?

Devido às suas características, a portabilidade de investimento pode trazer vantagens que justificam sua escolha. Uma delas é que, com a troca, você mantém o prazo de retorno do investimento e o período de alocação para fins de cálculo de tributação.

Pense na seguinte situação: uma pessoa investe em títulos privados de renda fixa há menos de 180 dias e quer trocar de instituição. Se a mudança fosse feita por conta própria, o investidor teria que resgatar o investimento, pagar 22,5% de Imposto de Renda sobre o retorno e investir novamente.

Com a portabilidade, o dinheiro seguirá para a outra instituição e o tempo alocado continuará a contar normalmente. Assim, é mais fácil alcançar o período de investimento superior a 720 dias — o que levaria à tributação mínima de 15%.

Outra vantagem é o ganho de praticidade e a redução geral de custos. Essa é uma forma de acessar condições diferenciadas e potencialmente mais interessantes sem precisar realizar novamente as mesmas operações.

Quando pode valer a pena fazer a portabilidade?

Considerando os benefícios atrelados, a portabilidade de investimento pode valer a pena quando você encontra condições melhores em relação à instituição, mas deseja manter os recursos aportados no mesmo produto.

É o caso, por exemplo, de encontrar uma instituição com taxas menores e serviço mais adequado. Isso pode afetar o resultado da sua carteira e justificar a mudança na custódia. Outro motivo é a capacidade de atendimento da instituição.

Uma corretora com melhor suporte pode oferecer uma experiência diferenciada para o cliente e justificar a alteração. Além disso, uma corretora com portfólio mais amplo permite diversificar sua carteira de investimentos com maior facilidade — motivando também a portabilidade.

O que não é possível portabilizar?

Apesar do processo simples e acessível a qualquer investidor, também é importante saber que não é possível portabilizar produtos financeiros em todos os casos. De modo geral, o processo não é viável quando acontece com fundos e títulos que não estão disponíveis na corretora de destino.

Se você escolher portabilizar sua carteira de investimento e ela tiver um fundo exclusivo da corretora atual, por exemplo, ele não poderá ser portabilizado.

O restante do portfólio poderá ser custodiado pela nova corretora, mas investimentos não disponíveis na instituição de destino deverão ser resgatados ou precisarão ser mantido na antiga instituição.

Portanto, é preciso fazer uma análise cuidadosa para entender qual tipo de investimento pode ser portabilizado, de acordo com as suas necessidades.

Como fazer a portabilidade de investimentos?

Agora que você sabe por que portabilizar seus investimentos, é o momento de compreender como realizar esse processo. A seguir, veja um passo a passo do que deve ser feito para concluir a portabilidade.

Confira!

Analise a sua carteira atual

Você deve começar conhecendo as condições de investimento financeiro do seu portfólio atual. É fundamental entender questões como:

  • quantidade de recursos alocados;
  • produtos escolhidos;
  • perfil de risco da carteira;
  • período de aporte do dinheiro, entre outros aspectos.

Assim, será possível saber quais são as características específicas que deverão ser contempladas pela instituição de destino e quais são os produtos que serão portabilizados.

Escolha a instituição de destino

Em seguida, é o momento de selecionar qual será a instituição que receberá a portabilidade dos investimentos. Nesse caso, é preciso considerar diversos aspectos para garantir sua segurança financeira e o sucesso da estratégia.

Comece pensando no seu perfil de investidor e nos objetivos financeiros. O intuito é selecionar uma corretora cujo portfólio contemple as suas características.

Também vale a pena conferir se os investimentos atuais existem na instituição de destino. Caso deseje concentrar toda a carteira na nova corretora, é importante buscar uma corretora que tenha um portfólio robusto e completo.

Solicite a portabilidade na instituição atual

Após concluir essas etapas de planejamento e avaliação, é viável dar início à transferência de custódia. A solicitação de portabilidade deve ser feita junto à instituição atual. Ela ficará responsável por fazer a transferência para a corretora de destino e o processo deve ocorrer sem custos.

Com base no que você viu neste conteúdo, fazer a portabilidade de investimentos agora ficará mais fácil, não é mesmo? Além de seguir esses passos, saiba que uma assessoria de investimentos de qualidade pode ajudá-lo a realizar a mudança com mais tranquilidade.

Conte com ajuda profissional e qualificada para lidar com seus investimentos. Entre em contato conosco da Conexão BR e fale com um de nossos assessores!

Tags: