Poupança ou Tesouro Direto? Qual escolher?
Escolher o investimento certo para você é essencial para alcançar os seus objetivos financeiros. Mas, em busca de segurança, é comum que muitas pessoas tenham dúvidas sobre investir na poupança ou Tesouro Direto.
A diferença entre eles é significativa e pode orientar a decisão do investidor. Porém, também é preciso saber que existem outras opções para conhecer no mercado. Assim, você pode adotar uma estratégia mais sólida — e conquistar suas metas com maior facilidade.
Então, que tal descobrir se é melhor investir em poupança ou Tesouro Direto? Continue a leitura para saber mais sobre o tema e conheça outras oportunidades que você pode encontrar no mercado financeiro!
O que é a poupança?
A caderneta de poupança é um tipo de aplicação financeira da renda fixa. Ela tem como principais vantagens o baixo risco e a alta liquidez, além de ser facilmente acessível. Por suas características, é o investimento mais popular entre os brasileiros.
Porém, ela pode não ser a melhor alternativa em termos de ganhos. Isso porque o rendimento da poupança é um dos menores do mercado.
Ela apresenta duas regras principais, dependendo do desempenho da Selic, que é a taxa básica de juros da economia.
O retorno será de:
- 70% da Selic + TR, quando a Selic for igual ou menor que 8,5% ao ano;
- 0,5% ao mês + TR, quando a Selic for maior que 8,5% ao ano.
A TR é a taxa referencial, mas está zerada desde 2017, sem perspectiva de mudanças. Assim, a poupança apresenta rendimentos limitados. Ademais, seu rendimento acontece apenas após 30 dias, no chamado aniversário de depósito.
O que é o Tesouro Direto?
Como alternativa à poupança, os títulos públicos são investimentos que têm atraído muitas pessoas. Eles são disponibilizados no Tesouro Direto, uma plataforma criada para facilitar o acesso de pessoas físicas a títulos emitidos pelo Tesouro Nacional.
Então os títulos públicos são investimentos de renda fixa que servem para a captação de recursos pelo Governo Federal. Em troca, há o pagamento de rendimento.
Como os títulos públicos funcionam?
Para saber quanto rende o Tesouro Direto, é importante saber que há 3 tipos de rentabilidade possíveis, de acordo com as regras que valem para toda a renda fixa.
São eles:
- Tesouro Prefixado: rende conforme uma taxa fixa, definida previamente;
- Tesouro Selic: tem rendimento atrelado à taxa Selic (100%);
- Tesouro IPCA: apresenta rentabilidade formada por parte prefixada somada ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a taxa de inflação.
Além de apresentar rentabilidades mais altas que a poupança, os títulos do Tesouro Direto Selic, por exemplo, possuem rendimento diário e alta liquidez — para títulos prefixados e híbridos, o resgate antecipado pode não ser vantajoso.
Quais são outras oportunidades além de poupança ou Tesouro Direto?
Como você viu, os títulos no Tesouro Direto podem trazer um retorno maior que o pagamento de juros previsto para a poupança. Eles também são tão seguros e práticos quanto ela.
Contudo, o mercado tem muitas outras opções disponíveis em produtos, tanto para perfil conservador como para os demais — com características diversas e potencial de retorno maior. Portanto, você não precisa se limitar a escolher entre esses dois investimentos.
Inclusive, a diversificação dos investimentos é uma das principais estratégias para diluir riscos e aumentar a possibilidade de rendimentos. Então, vale a pena ir além da poupança ou dos títulos do Tesouro Direto, conhecendo outros produtos.
Quer conhecer algumas dessas outras possibilidades? Acompanhe!
CDB
O certificado de depósito bancário (CDB) é um investimento de renda fixa emitido por instituições financeiras que desejam captar recursos para suas operações. O rendimento também pode ocorrer de três maneiras, mas o pós-fixado tem algumas diferenças.
Nesse e em outros títulos privados, o retorno pós-fixado costuma estar atrelado a uma porcentagem do certificado de depósito interbancário — chamado de índice CDI. Apesar de ser diferente da Selic, eles têm valores próximos.
A liquidez e o prazo do CDB variam com cada emissor. Em relação à segurança, todos têm proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre até de R$ 250 mil por CPF e instituição em caso de default. O limite global é de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos.
LCI e LCA
Ainda na renda fixa, as letras de crédito imobiliário (LCIs) e do agronegócio (LCAs) são emitidas por instituições financeiras para financiar projetos nesses setores específicos. O funcionamento da rentabilidade é igual ao CDB, assim como a cobertura do FGC.
Mas, diferentemente dos CDBs, esses títulos são isentos de Imposto de Renda, trazendo a mesma vantagem da poupança em relação a essa características.
CRI e CRA
Já os certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs) fazem parte do crédito privado. São emitidos por securitizadoras, que antecipam os recebíveis de empresas desses segmentos e transformam os direitos creditórios em títulos de renda fixa. Esses investimentos costumam ter um horizonte de prazo maior e também são isentos de IR para pessoa física.
Debêntures
As debêntures também fazem parte do crédito privado e são títulos de dívidas emitidos por empresas. Elas servem para que os negócios captem recursos de forma mais barata que nos empréstimos bancários, por exemplo.
Nesse caso, a liquidez costuma ser mais baixa e o prazo é variável, geralmente envolvendo médio e longo prazos. Entre os tipos de títulos, existem as debêntures incentivadas — que para pessoas físicas possui alíquota zero de IR.
Ações
Na renda variável, uma possibilidade é o investimento em ações, que são a menor parte do capital social de uma empresa. Elas são negociadas na bolsa de valores e a sua aquisição permite participar dos resultados do negócio.
Entre as formas de rentabilidade, estão a venda por um preço acima da cotação de compra e o recebimento de parte dos lucros na forma de dividendos.
Fundos imobiliários
Os fundos de investimento funcionam de maneira coletiva, por meio da aquisição de cotas de participação. Os recursos são movimentados por um gestor profissional, que aloca conforme a estratégia estabelecida pelo fundo.
No caso dos fundos de investimento imobiliário (FII), o foco está em investimentos desse setor. As cotas são negociadas na bolsa de valores e eles têm distribuição obrigatória da maior parte dos lucros na forma de dividendos.
Fundos multimercados
Outro tipo de fundo são os fundos multimercados — que apresentam estratégias diferentes e podem alocar recursos em renda fixa e renda variável, entre ativos e até derivativos. Neles, os níveis de risco variam, assim como o potencial de retorno.
Viu como não é preciso escolher apenas entre poupança ou Tesouro Direto para começar a investir? Então vale a pena conhecer e selecionar alternativas considerando seu perfil de investidor, de acordo com suas necessidades e características — e diversificar o seu portfólio!
Quer ajuda para entender os diversos investimentos disponíveis no mercado? Entre em contato conosco da Conexão BR!