Como estabelecer uma estratégia de investimentos para renda fixa?

Se o seu objetivo é montar uma estratégia de investimentos para renda fixa, é necessário começar a conhecer mais sobre essa classe. Assim, pode ser mais fácil aproveitar melhor seu potencial e compor um portfólio mais sólido.

Afinal, a renda fixa tende a ser a preferida entre investidores de perfil conservador, mas também exerce um papel importante em carteiras moderadas e arrojadas. Essa escolha depende de algumas variáveis, que precisam ser compreendidas para uma tomada de decisão mais consciente.

Por isso, se o seu objetivo é alocar recursos na renda fixa, confira a seguir informações importantes para estabelecer uma estratégia de investimentos para essa classe de investimentos e aproximar você dos seus objetivos.

Acompanhe!

Compreenda o que é a renda fixa

O primeiro passo para ter sucesso ao montar a carteira de investimentos é compreender as características e alternativas disponíveis aos investidores. No mercado financeiro existem duas classes principais: a renda fixa e a renda variável.

Enquanto na primeira o investidor conhece as regras da remuneração no momento do aporte, na renda variável não há como fazer a previsão. Na prática, isso significa que, quando você coloca seu dinheiro em um título da renda fixa, já sabe como será o rendimento.

As aplicações desse tipo funcionam como um empréstimo: você injeta dinheiro em um emissor público ou privado e recebe de volta com juros, no prazo de vencimento acordado.

Esse é um dos fatores que contribui para o aspecto segurança e faz essa classe ser considerada de menor risco ao investidor. A rentabilidade pode acontecer de três formas:

  • prefixada — os rendimentos seguem uma taxa de juros fixa, que permite ao titular o cálculo exato do valor que resgatará no vencimento;
  • pós-fixada — os títulos seguem o desempenho de algum indicador do mercado, por exemplo, a taxa Selic ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI);
  • híbrida — as aplicações contam com um rendimento prefixado mais o desempenho de algum indicador — como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Conheça os títulos de renda fixa

Ciente do que é a classe da renda fixa e como acontece o rendimento, também é fundamental compreender o funcionamento dos principais títulos que ela oferece para construir sua estratégia.

Confira alguns exemplos!

CDB

A sigla CDB significa certificado de depósito bancário e se refere a um título privado. Ele é destinado a bancos e instituições financeiras. Há alternativas com regras diferentes, mas todos apresentam uma garantia em relação à segurança: a cobertura do FGC.

O Fundo Garantidor de Créditos faz o ressarcimento do valor ao investidor, caso a instituição emissora tenha problemas financeiros. Essa cobertura é limitada a R$ 250 mil por CPF e instituição, além de ter um teto global de R$1 milhão, renovável a cada 4 anos.

LCI e LCA

A letra de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA) também podem fazer parte da estratégia de renda fixa de diversos investidores. Elas são emitidas por bancos e financiam projetos dos setores específicos que estão na nomenclatura.

De modo geral, os títulos demandam um valor de aporte mais elevado e têm baixa liquidez. Contudo, apresentam segurança pelo FGC e têm a vantagem de serem isentas de IR.

CRI e CRA

Os certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e do agronegócio (CRA), assim como o LCI e o LCA, fomentam projetos desses setores. Porém, os CRIs e CRAs são emitidos por securitizadoras — empresas que antecipam recebíveis de outros negócios.

Eles também apresentam isenção do IR. No entanto, não são cobertos pelo FGC.

Debêntures

As debêntures são títulos de dívidas emitidos por empresas. Elas podem ser simples, com cobrança de IR, ou incentivadas. Nesse último caso a alíquota de IR para pessoas físicas é zero porque se destinam a projetos de infraestrutura que beneficiem o país. Os títulos não são cobertos pelo FGC.

Fundos de renda fixa

Por fim, os fundos de investimentos de renda fixa são modalidades coletivas, em que um gestor profissional seleciona as alternativas para o portfólio — nesse caso, com foco nessa classe de investimentos. Os investidores adquirem cotas para se expor aos títulos escolhidos pela gestão.

Títulos do Tesouro Direto

O Tesouro Direto é a plataforma do Tesouro Nacional para a negociação dos seus títulos públicos. Ou seja, ao fazer aportes você empresta dinheiro ao Governo Federal e contribui com o financiamento de seus projetos.

Nessa plataforma é possível encontrar títulos com diferentes características e condições. Os principais deles são Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA +. Em todos os casos há a tributação do Imposto de Renda (IR).

São considerados os seguros porque contam com a garantia do próprio Tesouro Nacional. O Governo é considerado um bom pagador e é a instituição mais sólida de um país.

Avalie o cenário econômico

Além de conhecer os títulos de renda fixa, você deve considerar o cenário econômico na hora de montar sua estratégia de investimentos para essa classe. Como vimos, ainda que a renda fixa ofereça mais previsibilidade, há diversas características relacionadas a riscos, prazos e liquidez.

Assim, avaliar o cenário econômico pode ajudar a analisar as oportunidades — em especial, nos títulos atrelados a indicadores do mercado. Quando, por exemplo, uma aplicação está ligada à inflação, ela pode se tornar atrativa em momentos de alta do índice.

O mesmo vale para as movimentações da taxa Selic, por exemplo. Afinal, o movimento pode impactar a rentabilidade do seu portfólio e o rendimento das alternativas disponíveis no mercado. Assim, pode ser mais fácil encontrar oportunidades de investimento.

Manter a atenção para essas informações é essencial, inclusive, para preservar o seu poder de compra. Além disso, conhecer o potencial e as fragilidades dos aportes em relação ao mercado ajuda a diversificar a carteira de investimentos de maneira estratégica — beneficiando suas diferentes metas.

Contudo, é preciso considerar que nem sempre uma movimentação econômica deve influenciar sua estratégia. Isso porque, quando se fala de investimentos, a tendência é se pensar no longo prazo. Assim, oscilações pontuais podem não ser significativas para os seus resultados — embora possam abrir espaço para oportunidades.

Nesse aspecto, contar com o suporte de um assessor de investimentos pode ajudá-lo a ter mais informações sobre o mercado e estabelecer uma estratégia de investimentos para renda fixa mais sólida.

Considere o seu perfil e objetivos

Por fim, o perfil de investidor e objetivos pessoais são fatores decisivos para montar uma carteira de investimentos efetiva. O perfil indica a sua relação com a possibilidade de correr riscos e ajuda a fundamentar suas escolhas. Ele pode ser conservador, moderado ou agressivo.

Nessa mesma direção, os objetivos são determinantes, pois eles orientam suas decisões na hora de compor uma carteira. Como são muitas opções na renda fixa, por exemplo, é preciso escolher aquelas que apresentam as características mais alinhadas ao que você procura em termos de prazo, rentabilidade e liquidez.

Para definir uma estratégia de investimentos para renda fixa, portanto, é fundamental conhecer mais sobre essa classe, além de avaliar seu perfil e seus objetivos financeiros. Com isso, será mais fácil balancear os títulos em seu portfólio e alcançar as metas estabelecidas.

Precisa de ajuda para criar a sua carteira de investimentos? Você pode contar com assessoria e ter um acompanhamento qualificado. Converse com a equipe da Conexão BR e tire suas dúvidas!

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