FI-Infra: conheça os fundos de investimento em infraestrutura!

O mercado financeiro oferece uma variedade de fundos de investimento — cada um com suas características. Assim, conhecer esses veículos financeiros ajuda a fazer escolhas mais estratégicas e alinhadas a seu perfil e objetivos.
Nesse cenário, os fundos de infraestrutura (FI-Infra) são uma alternativa buscada por quem quer investir em setores essenciais da economia, como comunicação, saneamento, transporte e energia. Isso ocorre sem precisar analisar e selecionar ativos individualmente.
Quer entender como os FI-Infra funcionam e se eles fazem sentido para sua carteira? Continue a leitura e confira!
O que são fundos de investimento em infraestrutura?
Os fundos de investimento reúnem recursos de diversos investidores para serem aplicados em ativos, como ações e títulos de renda fixa. Ao se expor a esse tipo de veículo financeiro, o investidor adquire cotas — tornando-se cotista e participando dos seus resultados.
Sua gestão é realizada por profissionais certificados, que tomam as decisões de investimento com base na estratégia definida para o fundo. Vale saber que existem diversos tipos de fundos, que se diferenciam principalmente conforme o seu foco de alocação.
Nesse contexto, os fundos de infraestrutura são aqueles que possuem em sua carteira títulos relacionados às dívidas de empresas que atuam em setores de concessão. A modalidade começou a ser negociada em 2020, após a regulamentação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Como eles funcionam?
Assim como os fundos de investimento imobiliários (FIIs), os FI-Infra têm suas cotas negociadas diretamente na bolsa de valores brasileira, a B3. A característica proporciona praticidade, já que o investidor consegue acompanhar os preços e volume de negociações em tempo real.
Entre os títulos de dívida nos quais os FI-Infra aplicam seu capital, estão as debêntures incentivadas — emitidas por empresas para captar recursos e financiar projetos de infraestrutura. Na prática, quando um fundo compra essas aplicações, ele empresta recursos para a companhia emissora.
Em troca, a empresa faz pagamentos periódicos de juros, que geram receita para o FI-Infra. Por sua vez, o fundo distribui parte dela entre os investidores, na forma de dividendos. Como esses investimentos são voltados para setores essenciais, eles costumam ter incentivos fiscais.
Nesse caso, os FI-Infra são isentos de Imposto de Renda para pessoa física — tanto na distribuição de dividendos quanto na obtenção de lucros. Além disso, vale saber que eles costumam investir em alternativas com rendimentos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Esse é o indicador oficial que mede a inflação no Brasil. Dessa maneira, conforme os preços na economia sobem, os retornos desses investimentos também tendem a se ajustar — ajudando a preservar o poder de compra do investidor.
Ademais, os fundos de infraestrutura funcionam como um condomínio fechado. A característica não permite aos cotistas resgatarem suas cotas a qualquer momento, mas eles têm a possibilidade de negociá-las no mercado secundário da B3, como visto.
Quais são os potenciais benefícios para os investidores?
Os FI-Infra proporcionam diversas vantagens para quem busca se expor ao segmento de infraestrutura. Para começar, eles direcionam seus investimentos para projetos de setores que contam com o suporte dos Governos federal e estadual.
Como esses projetos são considerados estratégicos para o desenvolvimento do país, eles costumam ter um cenário mais estável e previsível.
Veja mais benefícios!
Garantias reais
Os títulos presentes na carteira desses fundos geralmente possuem garantias reais. Assim, caso a empresa emissora enfrente dificuldades financeiras, existem bens ou fluxos de pagamento atrelados ao investimento que podem ser usados para cobrir eventuais perdas.
Proteção do poder de compra
Outro ponto que costuma chamar a atenção é o fato de os investimentos da carteira geralmente serem atrelados ao IPCA, conforme você aprendeu. Essa especificidade faz com que os FI-Infra sejam uma alternativa para quem busca proteção contra a inflação.
Praticidade e liquidez
Outra vantagem é a facilidade de negociação mencionada — como as cotas desses fundos são negociadas na B3, o investidor tem mais possibilidades para compra e venda. O cenário é contrário ao que costuma ocorrer com as debêntures incentivadas, transacionadas de forma mais restrita.
Os FI-Infra também costumam oferecer liquidez — mas esse fator depende do interesse dos investidores na negociação das cotas.
Gestão profissional
Os FI-Infra ainda contam com gestão profissional — um time especializado escolhe os títulos para compor o portfólio do fundo, como visto. A característica elimina a necessidade de o investidor analisar cada oportunidade individualmente, tornando o processo mais simples e acessível.
Diversificação
Outro ponto positivo é a possibilidade de diversificação. Ao comprar cotas, é possível ter seu dinheiro investido em diferentes projetos, a depender da composição da cesta do fundo — minimizando os riscos de um portfólio concentrado.
Ainda, investir em um fundo permite que mesmo quem tem pouco capital consiga acessar um portfólio amplo e bem estruturado. Por fim, como você viu, o investidor não precisa pagar Imposto de Renda sobre os ganhos obtidos, aumentando o retorno final.
Quais são os riscos?
Apesar das vantagens, investir em FI-Infra também envolve riscos a serem considerados. Um deles é o de crédito, que acontece quando as empresas que emitiram os títulos que formam a cesta do fundo enfrentam dificuldades financeiras e precisam renegociar suas dívidas.
A situação pode reduzir os pagamentos esperados para o FI-Infra e, consequentemente, impactar o retorno dos investidores. Ademais, há o risco de mercado, ligado às oscilações de preço das cotas.
Se o investidor necessitar vender sua posição em um momento desfavorável, existe a chance de receber menos do que pagou, prejudicando seus ganhos. Tenha em mente que os FI-Infra não funcionam como um investimento de renda fixa tradicional e podem ter variações ao longo do tempo.
Como saber se o FI-Infra se alinha à minha carteira?
Antes de investir em um FI-Infra, é importante avaliar se esse tipo de fundo faz sentido para a sua estratégia financeira. O primeiro passo nesse caso é entender seu perfil de investidor.
Como os FI-Infra podem ter oscilações no preço das cotas, eles tendem a ser mais buscados por investidores de perfil moderado ou arrojado. Além disso, considere seus objetivos financeiros.
Por exemplo, se a intenção é buscar retornos no longo prazo, com proteção contra a inflação e isenção de IR, os FI-Infra são uma opção a considerar. No entanto, para tomar uma decisão mais confiante, vale a pena contar com o suporte de uma assessoria de investimentos.
O assessor está apto a ajudar você a compreender melhor as características desse tipo de fundo, comparar diferentes alternativas e identificar qual delas pode ser mais adequada para sua carteira.
Neste artigo, você aprendeu como funcionam os FI-Infra — seus benefícios e riscos. Agora, considere estudar a alternativa para descobrir se ela faz sentido para sua estratégia de investimentos, tendo ajuda de uma assessoria qualificada.
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