Subscrição de ações e FIIs: entenda o que é e como funciona!
As ações e os fundos de investimentos imobiliários (FIIs) são alguns dos investimentos mais populares da B3, que é a bolsa de valores brasileira. Entre as características que eles apresentam, vale destacar a distribuição de proventos — como o direito de subscrição de ações e FIIs.
Embora não sejam tão conhecidos como os dividendos, por exemplo, eles podem ser vantajosos para a sua estratégia. Por isso, é fundamental compreender como esses direitos funcionam e o que fazer para exercê-los.
A seguir, você entenderá o que é o direito de subscrição de ações e FIIs e como ele funciona no mercado financeiro. Acompanhe a leitura!
O que é o direito de subscrição de ações e FIIs?
O direito de subscrição é um tipo de provento distribuído aos acionistas de uma empresa ou cotistas de um fundo imobiliário. Ele é resultado do lançamento de novos valores mobiliários no mercado, como ações ou cotas.
Quando acontece uma oferta secundária de ações (follow on), por exemplo, os acionistas atuais recebem os direitos de subscrição referentes à proporção de participação deles. Assim, caberá a cada investidor definir se ele deseja exercer ou não o direito concedido por esse provento.
Como funciona a subscrição?
Após compreender o que é a subscrição de ações e FIIs, é fundamental entender como esse provento funciona. Para isso, você deve compreender que cada investidor passa a deter uma participação em um negócio ou um fundo quando compra ações ou cotas.
Essa participação é dada pela relação entre o número de papéis ou cotas que o investidor possui e o total em circulação. Porém, uma empresa pode decidir emitir novas ações, por exemplo. Isso acontece quando a companhia deseja captar recursos para implementar medidas estratégicas ou de crescimento.
Em uma situação como essa, o número de ações em circulação se tornará maior. Como consequência, os investidores atuais terão sua participação reduzida proporcionalmente, caso eles não adquiram mais papéis, certo?
Os direitos de subscrição servem para mitigar esses impactos. Eles concedem a preferência de compra das ações ou cotas aos investidores atuais, até o limite para manter o nível de participação no negócio ou fundo.
Imagine que uma empresa tem 10 milhões de ações em circulação e você detém 0,1% dela, o que significa que tem 10 mil papéis. Se a companhia emitir mais 5 milhões de ações, 10 mil ativos passarão a corresponder a apenas 0,06%.
Com o direito de subscrição, você terá a preferência para comprar até 5 mil papéis para manter sua participação em 0,1%. Porém, vale notar que, por ser um direito, o investidor não é obrigado a efetuar a compra das ações ou cotas.
Quais as vantagens do direito de subscrição de ações e FIIs para o investidor?
O próximo aspecto que você precisa saber sobre o direito de subscrição de ações e FII está relacionado aos pontos positivos desse provento. Afinal, eles podem favorecer sua estratégia e ajudar seus resultados, dependendo de como forem usados.
A seguir, entenda quais são as principais vantagens desses direitos!
Manutenção da participação no fundo ou na empresa
O primeiro benefício relacionado à subscrição de ações e FIIs se relaciona ao seu principal objetivo, que é manter o nível de participação do investidor na empresa ou no fundo. Afinal, ao exercer esses direitos, você evita ter menos envolvimento nos resultados do negócio devido às novas emissões.
Dessa forma, você mantém o seu nível de recebimento de outros proventos, como os dividendos. Caso você invista em ações e FIIs para obter uma renda passiva, manter e até aumentar a sua participação é essencial para ter a chance de obter os ganhos desejados.
Compra a preços diferenciados
Outro aspecto para considerar sobre o direito de subscrição de ações e FIIs é que ele pode oferecer a possibilidade de comprar os ativos por preços mais vantajosos. Como você passa a ter a preferência de aquisição, há como fazer o investimento por preços menores do que outros investidores.
Desse modo, você consegue manter a sua participação com menos custos do que se comprasse as ações ou cotas diretamente no mercado financeiro. Dependendo do caso, essa pode ser uma forma de diminuir o preço médio de aquisição dos ativos, o que pode favorecer a sua rentabilidade.
Possibilidade de negociar os direitos
Em determinadas situações, você também tem a chance de negociar os direitos de subscrição se não quiser exercê-los. A ideia é vendê-los para outros investidores interessados em adquirir os papéis.
Dessa maneira, você pode obter mais recursos para investir em outros ativos da sua carteira, por exemplo. Também é uma forma de rentabilizar um provento que você não pretende utilizar, de qualquer forma.
Porém, é preciso verificar se a empresa ou fundo autoriza esse tipo de negociação. Do contrário, você só poderá escolher exercer ou não o direito, dentro das condições apresentadas.
Como exercer o direito de subscrição?
Como você viu, o direito de subscrição de ações e FIIs é um provento importante e que pode oferecer diversas vantagens. Para decidir o que fazer com eles, comece analisando sua estratégia de investimentos, seu perfil de investidor e objetivos financeiros.
O objetivo é identificar se faz sentido para a sua carteira, tolerância ao risco e interesse financeiro, manter o nível de participação no negócio ou no FII. Também é necessário verificar todas as informações da subscrição.
Observe questões como o período de subscrição, a quantidade de ações ou cotas que você poderá comprar e o preço de negociação. Com base nisso, será mais fácil definir se vale a pena exercer o direito ou, até mesmo, negociar o provendo no mercado.
Caso deseje exercer esse direito, é preciso comunicar à sua corretora de valores. Se você tiver o apoio de uma assessoria de investimentos, o assessor também poderá ajudá-lo com o processo e esclarecer eventuais dúvidas sobre o assunto.
Lembre-se de que é preciso manifestar o interesse em exercer o direito dentro do prazo de subscrição. Se nada for feito até esse período, os direitos expiram.
Agora você sabe o que é o direito de subscrição de ações e FIIs e como esse tipo de provento funciona. Com base nas informações apresentadas pela empresa ou fundo e na análise da sua carteira, você poderá definir se vale a pena exercer esses direitos.
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