Growth Investing: como funciona essa estratégia de investimento? Descubra!
A compra de ações pode seguir diversas estratégias e uma das possibilidades é o growth investing. Esse é um modelo que busca empresas com um potencial específico quanto ao desenvolvimento, focando na obtenção de retorno com base em resultados ao longo do tempo.
Antes de adotá-la em seu portfólio, entretanto, é preciso entender quais são as características envolvidas — desde as vantagens até os riscos. Desse modo, você terá uma tomada de decisão mais alinhada e poderá definir se a estratégia é adequada ao seu perfil de investidor e objetivos.
Neste artigo, você descobrirá como funciona o growth investing e o que ele pode oferecer. Confira!
O que é o growth investing?
O growth investing é um tipo de estratégia de investimento em ações e seu objetivo é fazer a alocação de recursos em empresas que tenham elevado potencial de crescimento. Caso esse desenvolvimento se consolide, é possível rentabilizar o investimento feito inicialmente.
Portanto, a ideia é encontrar negócios que tendem a crescer acima da média de mercado, em comparação a seus concorrentes.
Como funciona essa estratégia?
Como você viu, o growth investing prevê o investimento em crescimento. Logo, um dos critérios mais relevantes para a tomada de decisão e escolha dos ativos é a capacidade de desenvolvimento apresentada pela companhia.
Para tanto, é comum fazer uma análise de indicadores fundamentalistas do negócio. Entre eles, estão:
- margem de lucro;
- lucro operacional;
- retorno sobre patrimônio líquido (ROE);
- fluxo de caixa descontado;
- endividamento e outros.
O objetivo é encontrar empresas que apresentem uma gestão financeira de qualidade e sejam capazes de se expandir e se consolidar ao longo do tempo. Por isso, é comum que o investimento foque em empreendimentos jovens, de menor porte ou com menos capitalização (small caps).
Também é comum buscar negócios que apresentem um diferencial competitivo e uma capacidade de alcançar um mercado maior. Ao mesmo tempo, é preciso avaliar se a capacidade de crescimento é consistente, para garantir que há um potencial elevado no longo prazo.
Quais as diferenças entre growth investing e value investing?
Quando o assunto envolve as estratégias de investimento, não é incomum que o growth investing seja confundido com o value investing. Contudo, existem diferenças fundamentais entre eles em relação à tomada de decisão e aos objetivos com o investimento.
No value investing, a intenção é encontrar ações descontadas. Ou seja, o investidor busca papéis negociados por um preço abaixo do valor intrínseco da companhia.
Porém, é preciso ter em mente que o preço abaixo deve estar relacionado a uma distorção pontual do mercado, de modo que a empresa tenha bons fundamentos. Como a tendência é de retorno ao valor justo, há oportunidades de rentabilizar o investimento.
Já o growth investing prevê a compra das ações no menor preço viável — ainda que os papéis não estejam descontados. A intenção é comprar pelo mais barato que for possível no momento, sem que, necessariamente, os papéis sejam negociados abaixo do que valem.
Além disso, o value investing pode focar na análise de indicadores como o dividend yield, o que não acontece no growth investing. Isso se dá porque a primeira estratégia se direciona a empresas que já podem estar consolidadas ou mesmo desenvolvidas. Então, a tendência é que ocorra a distribuição mais frequente de dividendos.
No caso das companhias com potencial de crescimento, é comum que os dividendos sejam reinvestidos para financiar a expansão. Desse modo, a principal fonte de retorno é a valorização das ações.
Logo, são duas estratégias diferentes, mas que podem ser utilizadas em conjunto na composição do seu portfólio de ações. De um lado, você terá ações de empresas com potencial de crescimento e, de outro, papéis ligados a companhias mais consolidadas, mas que foram compradas de modo barato.
Quais são as vantagens dessa estratégia?
Considerando as características do growth investing, é possível identificar algumas vantagens. Uma delas é o potencial de valorização do investimento, caso o crescimento se concretize conforme o esperado pelo investidor.
Ao comprar as ações de uma empresa de menor porte ou em um momento inicial, você pode aproveitar boa parte do ciclo de desenvolvimento. Dependendo do preço de compra, dos resultados comerciais e do período de investimento, a valorização pode ficar acima da média.
Essa estratégia também pode ser usada para diversificar o portfólio de ações. Você pode investir parte dos recursos em empresas maiores, consolidadas e capitalizadas (blue chips) e outra parte nos negócios que tendem a se desenvolver.
Ao manter o investimento depois que a companhia cresceu e se consolidou, você ainda pode aproveitar o recebimento de dividendos. Afinal, quando o negócio atinge determinado patamar, tende a crescer menos, mas consegue dividir os resultados com mais regularidade.
Quais são os riscos do growth investing?
Além das vantagens, é necessário considerar que os riscos dessa estratégia podem ser mais elevados. Isso ocorre porque a gestão é feita de maneira mais ativa, ou seja, visando um desempenho acima da média.
Como o retorno e os riscos são proporcionais, um potencial maior de ganhos também afeta a segurança. Isso acontece, por exemplo, porque empresas menores ou mais jovens apresentam riscos mais elevados em comparação a companhias que já estão consolidadas.
Além disso, não existe uma fórmula precisa para determinar qual empreendimento tende a crescer ou as chances de que isso se concretize. Apesar de a análise fundamentalista ser útil, as mudanças no mercado, decisões e condições imprevisíveis podem afetar as condições.
Portanto, é preciso estar disposto a se arriscar um pouco mais, já que nem toda empresa com potencial de expansão terá esse desenvolvimento consolidado. Logo, nem todos os aportes oferecerão os resultados esperados pelo investidor.
Quais são exemplos de investidores do growth investing?
Caso você tenha interesse em aplicar essa estratégia, pode ser interessante se inspirar em investidores que alcançaram sucesso com ela no mercado financeiro. Um dos principais nomes do growth investing é Peter Lynch, que busca equilibrar ações com preço menor e com potencial de crescimento.
Já Thomas Rowe Price Jr. é considerado o pai desse tipo de estratégia. Ele fundou a gestora T. Rowe Price Associates e foi responsável por popularizar a metodologia.
Outro nome relevante é Phillip Fisher. Ele é o autor de “Ações comuns, lucros extraordinários” e está entre os mais bem-sucedidos ao aplicar esse método.
Agora você sabe o que é o growth investing e como funciona essa abordagem. Caso deseje aplicá-la, busque empresas que apresentem resultados interessantes quanto ao crescimento, em busca de retorno para o aporte feito.
Gostou de conhecer essa alternativa? Se quiser ajuda para saber mais sobre o mercado financeiro, fale conosco da Conexão BR e conte com um de nossos assessores!