Vale a pena investir nas ações do índice S&P 500?
Você já pensou em participar dos resultados das maiores companhias do mundo? Essa é uma realidade para quem investe nas ações presentes no índice S&P 500, um dos maiores benchmarks da economia global.
Embora esse seja um índice internacional, é possível se expor a ele com alternativas presentes no mercado brasileiro. Portanto, você deve entender o que é o S&P 500, como ele funciona e se vale a pena investir nas ações que o compõem.
Se esse é um assunto que chama a sua atenção, acompanhe este artigo. Nele, você aprenderá as informações mais relevantes sobre o S&P 500 e as ações que fazem parte desse índice. Assim, será mais fácil definir se é interessante incluí-las em sua carteira.
Não perca!
O que são ações e como funcionam?
Antes de saber a respeito do S&P 500, é válido revisitar o conceito de ações. As ações correspondem à menor fração negociável do capital social de uma empresa, podendo ser negociadas nas bolsas de valores espalhadas no mundo todo.
Ao investir nesses ativos, você se tornará um acionista, passando a compartilhar os riscos e resultados do negócio. Vale saber que as ações são investimentos integram a classe da renda variável. Isso significa que não há garantias de retorno — e os preços podem variar de acordo com o ânimo do mercado.
As principais formas de lucrar com ações envolve a eventual valorização dos papéis ou o recebimento de dividendos. A primeira se dá quando você vende as ações por um preço maior que pagou, por exemplo. Já a segunda forma corresponde à divisão dos lucros obtidos pela companhia entre os acionistas.
O que é o S&P 500?
O S&P 500 (Standard and Poor’s 500) é um índice que mede a performance das 500 ações de maior representatividade dos Estados Unidos. Assim, ele inclui papéis presentes nas duas principais bolsas norte-americanas: a New York Stock Exchange (NYSE) e a Nasdaq Stock Market (NASDAQ).
Como os Estados Unidos são a maior potência econômica mundial, o S&P 500 é um dos principais indicadores de mercado do planeta. Afinal, ele serve como termômetro para medir o ânimo dos investidores em relação ao maior mercado acionário do globo.
A carteira teórica que compõe o S&P 500 pode ser modificada a cada três meses. O processo é realizado por um comitê que observa os seguintes requisitos em relação à empresa, que precisa:
- ter e manter as operações nos Estados Unidos;
- disponibilizar ao público ao menos 50% de suas ações;
- manter seu valor de mercado acima de uma quantia mínima, ajustada periodicamente;
- não ter a cotação do seu papel abaixo de 1 dólar;
- ter valorizado no mês mais recente, bem como nos quatro trimestres anteriores.
Nesse sentido, são selecionadas as 500 empresas que melhor atendem a esses critérios. Ainda, vale dizer que cada companhia pode ter um peso diferente no índice.
Veja as 5 ações de maior representatividade na carteira de agosto de 2022:
- Apple: uma das maiores companhias de tecnologia mundiais, reconhecida pelos seus aparelhos iPhone, iPod, iPad, MacBook, entre outros;
- Microsoft: criadora de softwares e games, sendo a dona do sistema operacional de computador mais utilizado no mundo — o Windows;
- Tesla: é uma gigante automotiva, produzindo carros elétricos inteligentes e de alto desempenho;
- Alphabet: é uma holding composta por diversas empresas pertencentes ao Google, o maior motor de buscas da internet;
- Amazon: líder mundial no segmento de e-commerce.
Vale a pena investir nas ações do índice S&P 500?
Agora que você sabe o que é o S&P 500 e a forma que ele é composto, chegou o momento de descobrir se vale a pena investir nas ações que o integram. Assim como em qualquer outro investimento, a decisão de investir ou não deve ser baseada no seu perfil e objetivos.
Como você viu, a precificação dos papéis é feita pelo mercado, o que significa que elas podem valorizar ou desvalorizar conforme a lei da oferta e demanda. Então é necessário possuir um apetite maior aos riscos para investir em ações.
Por outro lado, a exposição do seu capital aos mercados internacionais traz a vantagem de aumentar o potencial de diversificação da sua carteira. Assim, os seus resultados não dependerão apenas de um bom desempenho do mercado nacional.
Além disso, por serem opções dolarizadas, o investimento poderá proteger o seu capital contra as variações cambiais. Logo, eventuais prejuízos provenientes da desvalorização do real poderão ser compensados com os ganhos obtidos no exterior.
Como investir nas ações do índice S&P 500?
Caso você entenda que investir nas ações do S&P 500 faz sentido para a sua estratégia de alocação, precisará aprender como acessar esses investimentos. O investimento direto em ações internacionais dependerá da abertura de conta no exterior — o que pode ser custoso e burocrático.
No entanto, existem alternativas que permitem a exposição indireta ao exterior e que podem ser acessadas no mercado brasileiro. São elas:
ETFs
Os exchange traded funds (ETFs) ou fundos de índice, são veículos de investimento coletivo. O seu objetivo é espelhar a performance de um índice de mercado — como o S&P 500 — ao investir nos mesmos ativos que integram a sua carteira teórica.
A montagem e o acompanhamento de uma carteira de ETF são feitos por um gestor profissional. Em contrapartida, os cotistas ficam responsáveis pelo rateio da taxa de administração, destinada a remunerar os custos envolvidos no trabalho do gestor e sua equipe.
Ao adquirir apenas uma cota você estará exposto aos resultados de todas as ações incluídas em sua carteira. Contudo, é preciso destacar que os ETFs brasileiros não fazem o repasse dos dividendos recebidos no exterior. Nesse caso, os proventos recebidos são reinvestidos pelo gestor.
BDRs
Outra forma de exposição indireta às ações do S&P 500 são os brazilian depositary receipts (BDRs). Eles são certificados que possuem lastro em investimentos internacionais. A sua emissão é feita por uma instituição depositária que investe no exterior, lastreando os BDRs nesses investimentos.
Uma das vantagens do investimento em BDRs é que a depositária repassa os proventos recebidos no exterior aos seus titulares, a exemplo dos dividendos. Entretanto, é válido mencionar que você não se torna o dono do ativo estrangeiro, mas do certificado lastreado nele.
Na B3 (a bolsa de valores brasileira) existem diversos ETFs e BDRs que estão ligados ao S&P 500 ou às ações que o compõem. Nesse contexto, você precisará avaliar qual é a alternativa mais adequada às suas estratégias e expectativas. Inclusive, há como investir em ambas, se isso fizer sentido para você.
Neste artigo, você viu diferentes formas de se expor aos resultados das ações do S&P 500, presentes no mercado nacional. No entanto, antes de investir nelas, vale avaliar o seu perfil de investidor e os seus objetivos financeiro, a fim de fazer as escolhas mais acertadas!
Quer aprender mais sobre os investimentos mencionados neste artigo? Entre em contato com a equipe de assessores da Conexão BR!