O que é uma operação de swap e como ela
funciona? Descubra!

O mercado financeiro é composto por diversos instrumentos e operações que podem ser úteis aos
investidores em momentos distintos da economia. Entre as possibilidades existentes, há a operação
de swap. Por meio dela, há como atingir objetivos que incluem desde a redução de riscos até o
ganho com as condições do mercado.
Porém, antes de considerar essa alternativa em sua estratégia, é preciso saber como ela funciona.
Afinal, é preciso entender as suas aplicações e riscos para tomar decisões mais adequadas para a sua
carteira de investimentos.
Neste artigo, você aprenderá o que é uma operação de swap e quais são suas principais
características de funcionamento.
Confira!

O que é uma operação de swap no mercado?
Em inglês, o termo “swap” pode ser traduzido livremente como “troca”. No mercado financeiro, ele
está ligado a esse significado, já que é um contrato de swap derivativo que prevê uma operação de
troca financeira entre duas partes.
Em geral, o swap prevê a troca de fluxos de caixa ou mesmo de risco entre os operadores. Assim,
cada uma das pontas assume uma determinada posição em uma data futura, considerando a
variação dos indexadores.
Ainda em relação ao funcionamento, vale notar que essa troca financeira faz com que os operadores
assumam posicionamentos contrários. Afinal, cada parte acredita na valorização do próprio
indicador utilizado.
Na data prevista em contrato, ocorre a apuração dos resultados e cada operador realiza o
pagamento ou recebe os lucros, de acordo com as condições assumidas. Mais adiante, você
entenderá de que forma essa dinâmica acontece na prática.
Quais são os principais tipos de swap?
Agora que você entende como funciona uma operação de swap, é importante saber que essa troca
financeira pode acontecer com o uso de diferentes indicadores. Nesse contexto, vale a pena
conhecer quais são os principais tipos de swap e como eles funcionam.

Com esse conhecimento, ficará mais fácil analisar as possibilidades do mercado e definir o que faz
sentido para a sua carteira de investimentos.
Por isso, confira a seguir os tipos de swap mais comuns e entenda melhor o que eles oferecem!
Cambial
O swap cambial está entre os mais utilizados e envolve as expectativas sobre a movimentação da
moeda estrangeira — em geral, o dólar americano. Essa operação costuma ser realizada pelo Banco
Central (Bacen) para controlar o avanço do dólar.
Nesse caso, o Bacen paga a variação do dólar e recebe a variação em reais — que pode ser
determinada pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI), por exemplo.
Além disso, existe o swap reverso. Ele é válido quando há uma expectativa de queda na moeda
norte-americana. Então, o Banco Central paga a variação de um índice — como o CDI — e recebe a
variação do dólar em troca.
Índices
Entre os tipos de swap, também é possível encontrar a troca financeira baseada em índices
financeiros. Nesse contexto, a operação se baseia nos fluxos oferecidos por dois índices diferentes.
É o que acontece ao trocar o Ibovespa pelo CDI ou vice-versa. Ainda, existe a troca de indicadores de
renda fixa — como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o Índice Geral de
Preços ao Mercado (IGP-M) ou a taxa Selic.
Taxa de juros
Também é possível fazer a troca financeira com base em taxas de juros diferentes. É o caso de trocar
uma taxa pré-fixada por uma taxa pós-fixada, por exemplo.
Na prática, essa troca depende das expectativas sobre a oscilação da taxa de juros na economia.
Assim, cada operador pode definir qual tipo de taxa deseja comprar e qual pretende vender no
contrato de swap.
Qual o objetivo desse tipo de operação?
Para entender o swap, você também precisa compreender qual é o objetivo dessa operação. Em
geral, a troca financeira é realizada para reduzir os riscos para as partes envolvidas no contrato — ou
visando lucros com a especulação a partir de uma projeção do mercado.
Por meio de um contrato de swap, é possível estabelecer uma proteção sobre a variação do
indicador utilizado. Considere, por exemplo, uma empresa que recebe as vendas em reais, mas faz o
pagamento aos fornecedores em dólares.
Nesse caso, a companhia pode ter interesse em se proteger de uma oscilação positiva do dólar. Para
tanto, ela pode trocar o rendimento de determinados investimentos atrelados ao CDI pela variação
do dólar.
Se a moeda norte-americana variar acima do desempenho do CDI no prazo, é sinal que valeu a pena
realizar a operação. Assim, possíveis lucros apurados podem servir para compensar o aumento da
moeda estrangeira, ajudando a quitar as obrigações financeiras.

Esse exemplo demonstra que as operações de swap podem ser utilizadas para fazer hedge de
carteira — ajudando a mitigar os riscos da carteira. Contudo, essa não é a única possibilidade para
quem faz swap.
Isso porque um contrato de swap também viabiliza uma atuação mais especulativa entre as partes
envolvidas. Se você acredita no desempenho de um indicador frente a outro, por exemplo, pode
fazer a troca de indexação na busca por ampliar os resultados do seu portfólio diante da
concretização desse cenário.
Quais as vantagens e desvantagens numa operação de swap?
Até aqui, você descobriu o que é uma operação de swap e como ela funciona. Agora, é válido saber
quais podem ser os pontos positivos e negativos de realizá-la.
Em relação às vantagens, como você viu, o swap pode ser útil para fazer o hedge de carteira em
determinadas situações. No caso do swap cambial, por exemplo, você já sabe que quem tem
compromissos financeiros em dólar pode se proteger do avanço da moeda.
Essa também pode ser uma forma de aproveitar as condições do mercado e possíveis mudanças no
contexto econômico. Se existe a expectativa de aumento do Ibovespa, pode ser interessante trocar o
CDI pelo desempenho do índice da bolsa. Assim, há uma alteração de estratégia sem precisar
resgatar parte dos investimentos.
Ao mesmo tempo, você deve considerar o risco mais elevado dessa operação. Isso acontece porque
ela é feita com derivativos, que são naturalmente mais arriscados. Além disso, não há garantias de
que a operação será benéfica para o seu portfólio.
Quando vale a pena utilizar?
Considerando as características da operação de swap e seus tipos, se torna mais fácil definir quando
pode ser interessante adotar esse mecanismo. Na prática, há dois cenários principais que devem ser
considerados.
O primeiro envolve a proteção dos recursos, diante de certas condições da economia. Como o swap
serve para fazer hedge, ele é útil para investidores que desejam se prevenir de determinadas
oscilações do mercado — seja você uma pessoa física ou jurídica.
Por outro lado, como você viu, o swap também pode ser utilizado por quem especula. Nesse caso, o
objetivo é obter lucros em curto prazo, diante das condições do contrato. Porém, esse tipo de
estratégia costuma se alinhar melhor a investidores com perfil arrojado.
A decisão de utilizar ou não o swap, portanto, é individual e depende das suas necessidades e
objetivos pessoais. Então vale a pena considerar esses elementos — além dos riscos e vantagens
desse derivativo — na sua tomada de decisão.
Agora você sabe o que é uma operação de swap e como ela funciona. Considerando essas
características, você tem mais conhecimentos para ajudar a definir quando realizar essa troca
financeira e qual tipo de swap pode ser o mais adequado para os seus objetivos.
Quer ajuda para conhecer melhor essas e outras operações? Entre em contato conosco da Conexão
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