Ibovespa: conheça o principal indicador da B3

O Ibovespa (IBOV) é um índice que exerce papel fundamental na bolsa de valores brasileira (B3). Por isso, saber o que ele é, como funciona e qual a sua composição é importante para compreender melhor o mercado acionário do país.

Esse índice pode orientar os investidores sobre as possibilidades de investimentos. Ademais, ele muitas vezes é usado como um termômetro das ações. Por sua relevância, o IBOV costuma ser acompanhado pelos noticiários, redes sociais e outros veículos de comunicação.

Quer saber mais? Neste artigo, você conhecerá melhor o índice Ibovespa e seu funcionamento e descobrirá como investir na carteira teórica desse indicador.

Boa leitura!

O que é o Ibovespa?

O termo Ibovespa significa Índice da Bolsa de Valores de São Paulo — mas é comumente conhecido por Índice Bovespa. Trata-se de um dos principais benchmarks — índices de referência — da B3, e é composto pelas empresas mais negociadas do mercado acionário brasileiro.

O índice foi apurado pela primeira vez em janeiro de 1968. Sua medição acontece em pontos. Quando surgiu, ele marcava em torno de 100 pontos. Esse número subiu exponencialmente, chegando aos 100 mil pontos em 2019 e superando os 130 mil pontos em 2021.

Por reunir as ações com maior negociabilidade do mercado, o Ibovespa conta com uma pontuação que representa a média de valorização ou desvalorização das principais ações listadas da bolsa de valores. Assim, como você viu, ele é considerado um termômetro do mercado de ações.

Devido à sua importância, o IBOV também costuma ser utilizado como referência para investidores que possuem ações no portfólio. Assim, observar a movimentação do índice ajuda a avaliar o desempenho da carteira e a fazer ajustes, quando necessário.

Como o Ibovespa funciona?

Assim como diversos índices da bolsa, o Ibovespa é formado por uma carteira teórica de ações. Ou seja, ele não é um investimento em si, mas um portfólio teórico de ativos — estabelecido a partir de uma metodologia específica.

Entre os critérios para selecionar os ativos estão a liquidez e o volume de negociações. Assim, é preciso ter em mente que, apesar de ser o principal benchmark da B3, isso não significa, necessariamente, que as ações que fazem parte da carteira do Ibovespa sejam as melhores que o mercado oferece.

Isso porque o IBOV não considera diretamente o desempenho das ações, a gestão da companhia ou os seus fundamentos. Por isso, ainda que seja um recurso para avaliar a movimentação do mercado, acompanhar o Índice Ibovespa não substitui a análise de cada papel antes de investir, caso seja de seu interesse.

Qual é a sua composição?

Como você viu, o Ibovespa é composto por ações selecionadas conforme alguns critérios. Os requisitos para uma empresa compor esse portfólio consideram os resultados apresentados nos últimos três anos.

São eles:

  • estar listada na B3;
  • não estar em recuperação judicial;
  • apresentar altos resultados quanto ao Índice de Negociabilidade (IN);
  • ter negociações em, pelo menos, 95% dos pregões;
  • ter movimentado, no mínimo, 0,1% do mercado à vista;
  • ter valor acima de R$ 1,00 por ação.

A reavaliação é feita a cada 4 meses — sendo possível haver adições ou exclusões de ações em sua composição. Assim, como o índice reflete as oscilações da bolsa, a quantidade de ativos que compõem seu portfólio pode variar a cada quadrimestre.

Ainda sobre a composição do índice, também é importante destacar que a distribuição de peso depende da negociabilidade de cada ação. Logo, os ativos com negociabilidade maior impactam mais o IBOV — o que eleva sua influência nos movimentos de subida e descida que vemos nos noticiários.

Vale saber também que o Índice Bovespa pode fazer rebalanceamentos frequentes para reconfigurar o peso de cada ativo no portfólio. Desse modo, uma empresa em expansão pode ter mais participação no benchmark, por exemplo.

Apesar de a composição variar, algumas empresas mantiveram sua participação no índice nos últimos anos — e costumam se destacar entre as demais. Considerando 2021, temos o exemplo das seguintes empresas que compunham o IBOV:

  • Ambev (ABEV3);
  • Bradesco (BBDC3 e BBDC4);
  • Cielo (CIEL3);
  • Eletrobras (ELET3);
  • Gerdau (GGBR4);
  • Gol (GOLL4);
  • Itaú Unibanco (ITUB4);
  • Lojas Americanas (LAME4);
  • Magazine Luiza (MGLU3);
  • Petrobras (PETR3 e PETR4);
  • Vale (VALE3).

Para conhecer a lista completa e atualizada dos papéis que compõem o IBOV, bem como os tipos de ações que fazem parte do índice, basta acessar a página do Ibovespa na B3.

Como investir no Ibovespa?

Agora que você já conhece mais sobre o Ibovespa, sua importância e composição da carteira, também é preciso entender as alternativas para investir nesse índice. Como não se trata de um ativo, mas de uma carteira teórica, é preciso recorrer a investimentos que oferecem a exposição ao indicador.

Nesse sentido, você pode contar com opções que tenham como base o seu portfólio. Confira a seguir alguns exemplos!

ETFs

O exchange traded fund (ETF) é um fundo de investimentos que tem o objetivo de replicar o desempenho de algum índice do mercado. Por esse motivo, também é chamado de fundo de índice. Dessa forma, podem acompanhar diversos indicadores nacionais ou internacionais.

Existem diferentes ETFs que seguem o IBOV, por exemplo: BOVA11, BBOV11, XBOV11 e BOVB11. O fundo tem a gestão profissional, então é uma alternativa para quem deseja se expor a esse benchmark de maneira simplificada e com aportes mais acessíveis.

Fundos de investimentos em ações

Os fundos de investimentos em ações também são veículos coletivos e que contam com gestão profissional. A diferença é que os ETFs têm o objetivo apenas de replicar o benchmark, enquanto os fundos de investimentos em ações podem ter uma gestão mais ativa.

Assim, muitos buscam superar o indicador. Mas existem fundos com o objetivo de acompanhar o Ibovespa — são fundos indexados ao índice. Em relação aos ETFs, outra diferença é que esses fundos não são negociados na B3, e sim na plataforma das corretoras de valores.

Ações

Investir em ações que fazem parte do portfólio do Ibovespa também é uma alternativa para acompanhar o desempenho do índice. Esse é um caminho um pouco mais complexo, pois costuma ter um custo maior e a necessidade de análise mais cuidadosa.

Mas é uma possibilidade que pode ser analisada, a partir dos ativos listados no IBOV. Você pode, por exemplo, escolher apenas algumas empresas do índice — e realizar a análise dos seus fundamentos para decidir se vale a pena aportar nelas.

Ficou claro o que é o Ibovespa e seu impacto para a B3? Como se trata de um índice essencial para o mercado acionário e para a economia brasileira, é importante acompanhar sua movimentação. Isso pode ajudar a orientar suas decisões de investimentos.

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