Assessoria de investimentos: como funciona a remuneração de um escritório?

O mercado de investimentos no Brasil tem crescido exponencialmente nos últimos anos. Em 2018, o número de investidores pessoas físicas na B3 (a bolsa de valores brasileira) ficou em torno de 700 mil. Já no final de 2022, foi atingida a marca de 5 milhões — um aumento de mais de 700%.

Com uma quantidade cada vez maior de investidores e de ativos financeiros disponíveis, o suporte de um escritório de investimentos se tornou mais relevante. Porém, antes de usar esse serviço, é válido saber como ele é remunerado.

Portanto, confira neste conteúdo quais são os serviços prestados por uma assessoria de investimentos e como funciona a remuneração de um escritório. Acompanhe!

O que é um escritório de investimentos?

Um escritório de investimentos é uma empresa que presta serviços de assessoria ao investidor. Por conta disso, ela também é conhecida como assessoria de investimentos. Em geral, o escritório atua como intermediário entre o seu cliente (o investidor) e uma corretora de valores.

Para viabilizar essa atividade, uma assessoria é composta por um time de profissionais qualificados e com certificações para atuar no mercado financeiro. Assim, o papel de um assessor de investimento é apresentar as alternativas adequadas ao perfil e objetivos do investidor e sanar suas dúvidas.

Por que é importante contar com um escritório de investimentos?

Como visto, contar com o serviço de uma assessoria de investimentos pode ser vantajoso. Afinal, você terá acesso a informações confiáveis e atualizadas sobre diferentes alternativas de investimento e acerca do mercado.

Além de auxiliar com os fundamentos para a tomada de decisão, o escritório ajuda você a aprofundar seus conhecimentos sobre o universo dos investimentos. Isso inclui aprender as características dos ativos, as principais tendências e estratégias de mercado.

Esse conhecimento contribui para sua educação financeira e tende a melhorar seus resultados no longo prazo. Vale saber que o assessor de investimentos não faz análise dos ativos, mas apresenta as características deles para dar embasamento à sua tomada de decisões.

Como é feita a remuneração de um escritório de investimentos?

Depois de conferir o que é um escritório de investimentos e a sua importância para quem investe, vale entender como se dá a sua remuneração. Como você viu, o escritório está ligado a uma instituição financeira, atuando como sua representante.

Na prática, o assessor apresentará as alternativas de investimento que estão disponíveis na corretora a que ele está vinculado. Logo, ela será a responsável pela remuneração do escritório — que, por sua vez, pagará ao assessor.

É comum que as corretoras realizem esse pagamento com base nas taxas e custos cobrados do investidor, para fazer o intermédio de suas operações e aplicações no mercado. Ou seja, o ao investir, você contribui indiretamente para o pagamento da assessoria.

Existem 2 principais formas de remuneração de um escritório de investimentos. Veja quais são elas!

Commission based

O commission based é um modelo em que o assessor recebe uma comissão variável com base nos ativos financeiros que o cliente adquire. Desse modo, o assessor ganha uma porcentagem sobre o valor dos investimentos ou uma quantia específica por cada produto vendido.

Por exemplo, caso o cliente invista em fundos de investimentos apresentados pelo assessor, o profissional é remunerado com a parte da taxa de rebate. Esse é um valor pago pelos fundos às corretoras que oferecem suas cotas para negociação.

Ademais, o assessor também participa do comissionamento das operações de renda fixa, que é repartido entre ele, a corretora e o escritório. Já no que diz respeito às ações, uma fração das receitas cobradas com a taxa de corretagem é dividida entre todos os envolvidos no processo.

Esse modelo de operação poderia gerar dúvidas entre os investidores quanto a um possível conflito de interesses, no entanto, a atuação desses profissionais está pautada nas regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) — o órgão fiscalizador do mercado. Entre elas, destaca-se a resolução CVM nº 179, que traz a obrigação de o intermediário avisar sobre os conflitos de interesse a que esteja sujeito.

Fee based

O fee based é um modelo de remuneração visto como mais transparente e imparcial, em que o assessor recebe uma taxa pré-acordada sobre o patrimônio total do cliente, independentemente dos investimentos escolhidos. Nele, a taxa é provisionada diariamente e cobrança mensalmente pelo escritório.

O propósito desse tipo de remuneração é eliminar a possibilidade de conflito de interesse, gerando maior transparência e clareza nas oportunidades de investimento, já que o assessor não recebe comissões por ativos específicos. Assim, o repasse que seria feito ao assessor através do modelo tradicional, volta em forma de cashback para o cliente.

Consequentemente, isso contribui para aumentar as suas chances de alcançar seus objetivos financeiros com maior alinhamento de interesses e tranquilidade.

O modelo fee based também é o modelo de comissionamento mais utilizado no mundo – estima-se hoje que mais de 90% do mercado global utiliza tal modelo.

Chegando até aqui, você viu que a remuneração de um escritório de investimentos pode observar diferentes formas. Com esse conhecimento, você terá mais base para decidir pela assessoria que melhor atenda às suas necessidades.

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