Entenda como o cálculo do IGPM afeta a economia!
A economia brasileira dispõe de índices de diferentes tipos e que ajudam a acompanhar o cenário. Entre as possibilidades existentes, há o IGPM — um índice de preço cujo cálculo representa uma medida da inflação e é usado em contextos específicos.
Como esse indicador pode indexar parte da economia, é importante conhecê-lo e entender seus impactos. Assim, ao conferir os resultados, você saberá interpretar o significado dos movimentos de alta ou de queda do índice.
Quer descobrir como o IGPM afeta a economia e como ele é calculado? Continue a leitura e saiba mais sobre ele!
O que é o IGPM?
Sigla para Índice Geral de Preços ao Mercado, o IGPM apresenta a oscilação de preços em um determinado período. Ele é calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e é um dos tipos do Índice Geral de Preços (IGP).
Sua criação aconteceu na década de 1940 e, inicialmente, não tinha caráter de indexação da economia. Porém, a metodologia ajudou a torná-lo popular e ele passou a ser aplicado nos contextos de consumo da economia.
Como funciona esse índice?
Para entender o funcionamento do IGPM, é importante saber que o cálculo é feito com base em três outros indicadores de preços, com pesos diferentes. São eles:
- Índice de Preços do Atacado – Mercado (IPA-M): peso de 60%;
- Índice de Preços do Consumidor – Mercado (IPC-M): peso de 30%;
- Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado (INCC-M): peso de 10%.
Na pesquisa desses três indicadores são considerados tanto os bens de consumo das famílias quanto elementos como matérias-primas e insumos (como no caso do INCC-M). Além disso, a coleta de preços acontece entre o dia 21 do mês anterior e o dia 20 do mês atual.
Ao final, os pesos são dados de acordo com a participação de cada indicador que o compõe. Mas você não precisa se preocupar em saber como calcular o IGPM mensal ou o índice acumulado, que é obtido pela soma dos últimos 12 meses. Os dados são amplamente divulgados pela FGV todos os meses.
Para que o IGPM serve?
Considerando o funcionamento e as características do IGPM, pode-se dizer que ele serve para indicar o comportamento geral dos preços, em diversos setores. Por meio do cálculo, o índice aponta se houve aumento (inflação) ou queda dos preços (deflação).
Além disso, o cálculo do IGPM tem uma função especialmente relevante: o reajuste de contratos de serviços variados. O principal deles é o de aluguel. Então a variação de preços costuma interferir diretamente no quanto os inquilinos pagam mensalmente.
Para saber como calcular o IGPM de um contrato de aluguel, é necessário aplicar o percentual acumulado dos últimos 12 meses em relação à data do contrato.
Imagine que no documento ficou determinado que o reajuste aconteceria a cada 12 meses, sempre no começo de julho, por exemplo. Logo, o cálculo do reajuste do aluguel consiste na aplicação do IGPM acumulado entre junho do ano passado e junho do ano presente.
Como ele afeta a economia?
Como você viu, o IGPM flutua de acordo com o comportamento dos preços. Desse modo, ele pode ser um indicador importante da situação econômica geral no Brasil.
Se o índice é positivo, indica que houve um aumento geral nos preços de um mês para o outro. Assim, ele aponta para a ocorrência de inflação e, portanto, de perda do poder de compra.
Já se o IGPM for negativo há sinais de que houve deflação no período. Apesar de não indicar que houve perda do valor da moeda, ele pode apontar dificuldades quanto ao desenvolvimento econômico.
Além disso, como visto, o índice afeta o reajuste de contratos. Então a partir dele é possível que os cidadãos brasileiros aumentem os gastos com diversos serviços — o que pode levar a um aumento maior da inflação.
Ao mesmo tempo, é importante notar que o IGPM não é o indicador oficial de inflação no Brasil. Oficialmente, ela é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA foca mais em bens e serviços voltados às famílias, com recorte salarial. Além disso, ele embasa as tomadas de decisão da política monetária.
Porém, note que o IGPM envolve ainda mais preços que o IPCA e traz uma visão mais ampla do mercado. Logo, se o IPCA indicar o aumento da inflação, é provável que o movimento também se repita (e até com mais intensidade) no IGPM, tornando-o mais um termômetro da economia.
Por que é importante entender o IGPM?
Com base nas características e no funcionamento do IGPM, você pôde notar que ele é relevante para sua vida. Por isso, vale a pena conhecê-lo. Como ele mede a variação de preços, acompanhar os seus resultados pode ajudar a avaliar a situação econômica.
Afinal, ele é ainda mais completo que o IPCA e pode trazer uma medida mais ampla da situação macroeconômica. Assim, você compreende como ocorre a queda do poder de compra, em caso de inflação.
Se o valor do IGPM for elevado, pode indicar o descontrole a respeito da política monetária. Avaliá-lo também é uma forma de se planejar para reajustes de contratos. Além do aluguel, contratos de serviços de telefonia, planos de saúde e outras opções podem usá-lo como referência.
O IGPM também costuma estar bastante presente na dinâmica dos fundos imobiliários (FIIs) focados em aluguel. Então, mesmo não sendo tão frequente, você pode investir em oportunidades ligadas ao IGPM e refletir o desempenho do indicador, caso isso esteja de acordo com o seu perfil de investidor e sua estratégia.
Conclusão
Como você acompanhou, o cálculo do IGPM tem grande relevância para a economia e para a sociedade. Além de ele servir como referência para o reajuste de diversos contratos, ele pode ser útil para que você tenha mais informações ao tomar suas decisões de investimento.
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